Política
Publicado em 22/08/2025, às 16h35 Zambelli responde pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constragimento ilegal com uso de arma - Lula Marques/Agência Brasil José Nilton Jr.
Nesta sexta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza a votação para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão. A maioria dos ministros já se posicionaram a favor da condenação, com a 7 votos favoráveis e 2 contrários.
Zambelli responde pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constragimento ilegal com uso de arma. O julgamento está sendo realizado no plenário virtual, e deve ser encerrado ainda nesta sexta.
Ainda faltam os votos dos ministros Luís Roberto Barroso, presidente do STF, e Luiz Fux. Até o momento, a posição vencedora é a do relator, ministro Gilmar Mendes, que foi acompanhada por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin.
A acusação envolve um caso de 2022, que aconteceu durante o segundo turno das eleições. Na ocasião, Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo após um desentendimento verbal em São Paulo.
Dois ministros discordaram do relator. Nunes Marques votou para afastar o crime de porte ilegal e reduzir a acusação de constrangimento ilegal para exercício arbitrário das próprias razões.
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André Mendonça também afastou o crime de porte ilegal, mas condenou Zambelli a 8 meses de detenção em regime aberto por constrangimento ilegal.
Apesar das divergências, a maioria já se consolidou para aplicar a pena de 5 anos e 3 meses de prisão à parlamentar.
Essa não é a primeira vez que Zambelli é punida pelo Supremo. No mês de maio deste ano, ela foi condenada a 10 anos de prisão pelo ataque ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizado em 2023.
Na ocasião, também foi fixado o pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos.
De acordo com as investigações, Zambelli idealizou a invasão para emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
O serviço foi executado pelo hacker Walter Delgatti, que confirmou ter agido a pedido da deputada.
Após a condenação, Zambelli deixou o Brasil rumo à Itália, onde possui cidadania. Em junho, o governo brasileiro formalizou junto às autoridades italianas o pedido de extradição da parlamentar.