Política

Carlos Bolsonaro reage a escândalo que envolve Malafaia, Eduardo e Jair Bolsonaro; veja o que foi dito

Após divulgação de áudios, Carlos Bolsonaro se manifesta e critica a Polícia Federal, chamando os vazamentos de ilegais e manipulativos  |  Reprodução/Instagram

Publicado em 21/08/2025, às 15h41   Reprodução/Instagram   Giovana Gurgel

Carlos Bolsonaro quebrou o silêncio e se manifestou após a divulgação de áudios e mensagens que colocam seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o pastor Silas Malafaia no centro de uma nova crise política. O vereador ironizou os vazamentos da Polícia Federal, dizendo não ver “diálogos explosivos” nos conteúdos revelados.

Segundo ele, os áudios mostram apenas um homem “emocionado e censurado”, um pastor que ora elogiava, ora criticava Eduardo Bolsonaro, e conversas sobre anistia.

Carlos afirmou que não há provas de golpe, envolvimento com tráfico, desvios de dinheiro ou articulações obscuras, classificando a investigação como “mais um vazamento ilegal da PF para manipular narrativas”.

O parlamentar também acusou o Judiciário de impor restrições que impedem a defesa dos investigados, comparando a situação à Nicarágua e afirmando que o “sistema trabalha unido para destruir reputações e esconder a gestão caótica do filho fabricado”.

Da esquerda para direita, Eduardo Bolsonaro, Silas Malafaia e Jair Bolsonaro.

Investigações expõem Bolsonaro, Eduardo e Malafaia

As falas de Carlos ocorrem no mesmo dia em que a PF indiciou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro por tentativa de interferência em julgamentos do Supremo Tribunal Federal. Já Silas Malafaia, embora não tenha sido indiciado, teve celular e passaporte apreendidos.

Os investigadores afirmam que conversas recuperadas de celulares apagados mostram que o ex-presidente tentava pressionar ministros do STF e articulava uma carta pedindo asilo ao presidente argentino Javier Milei, alegando perseguição política.

Em outro ponto, Eduardo Bolsonaro teria defendido uma “anistia light” para proteger exclusivamente o pai, descartando benefícios coletivos a outros réus de 8 de janeiro.

Conflitos, ofensas e apoio de Trump

As mensagens também revelaram discussões ásperas. Eduardo Bolsonaro trocou insultos com o pai, enquanto Malafaia chamou o deputado de “babaca” e “estúpido de marca maior”. Apesar das brigas, o pastor pressionava Jair Bolsonaro a se mobilizar contra o STF e disparar vídeos pró-anistia.

O relatório ainda aponta movimentações financeiras suspeitas em contas de Michelle Bolsonaro e Heloísa Bolsonaro, usadas para repassar valores a Jair e Eduardo. Além disso, o ex-presidente teria mantido contatos proibidos com Braga Netto e recebido apoio de advogados ligados à plataforma Rumble e ao grupo de Donald Trump.

Mesmo proibido de usar redes sociais, Bolsonaro teria reativado celulares e mantido listas de transmissão ativas para mobilizar apoiadores. Para Moraes, os indícios confirmam a participação de Malafaia e a atuação coordenada para desafiar o Supremo.

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