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Refrigerantes diet podem aumentar em 60% o risco de doença no fígado, aponta estudo

A condição é mais conhecida como doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica e acontece quando há acúmulo de gordura no fígado  |  O problema pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado - Reprodução/Freepik

Publicado em 08/10/2025, às 16h21   O problema pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado - Reprodução/Freepik   José Nilton Jr.

Beber apenas uma lata de refrigerante diet por dia pode aumentar em até 60% o risco de desenvolver doença hepática gordurosa não alcoólica, de acordo com uma nova pesquisa apresentada na Semana Europeia de Gastroenterologia, que aconteceu em Berlim. Já o consumo de bebidas açucaradas aumenta esse risco em 50%.

A condição, que é mais conhecida como doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), acontece quando há acúmulo de gordura no fígado mesmo em pessoas que não consomem álcool. O problema pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado.

Pesquisa revela relação direta entre refrigerantes e doenças hepáticas

O estudo acompanhou cerca de 124 mil pessoas sem doenças hepáticas prévias, participantes do UK Biobank, banco de dados britânico de pesquisa biomédica. Durante dez anos, os cientistas analisaram hábitos alimentares e consumo de bebidas em diferentes momentos.

Os resultados mostraram que tanto as bebidas açucaradas quanto as dietéticas prejudicam o fígado com o passar dos anos. Em contrapartida, os participantes que substituíram esses produtos por água reduziram o risco de desenvolver a doença em até 15%.

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“O estudo fornece evidências diretas de que os hábitos alimentares influenciam a saúde do fígado e desafia a ideia de que bebidas adoçadas artificialmente são seguras”, comentou Sajid Jalil, especialista em gastroenterologia da Universidade de Stanford, que não participou da pesquisa.

Por que refrigerantes diet também fazem mal ao fígado?

Enquanto o açúcar causa picos de glicose e insulina, levando ao acúmulo de gordura, os adoçantes artificiais também podem afetar o organismo. De acordo com um dos pesquisadores, as bebidas dietéticas alteram o microbioma intestinal, interferem na saciedade e podem aumentar a produção de insulina, contribuindo para o desequilíbrio metabólico.

“Elas enganam o corpo e influenciam mecanismos que podem, a longo prazo, prejudicar o fígado”, afirmou o pesquisador. “A água, por outro lado, hidrata, ajuda na sensação de saciedade e apoia a função metabólica geral, sendo a escolha mais saudável.”

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