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Queimaduras por fogos disparam no Brasil: veja como agir em caso de acidente nas festas juninas

Com 288 casos de internações, cuidados com fogos são essenciais nas festas juninas de 2024. Enfermeiro orienta sobre como tratar queimaduras  |  Entenda os tipos de queimaduras - Reprodução/Freepik

Publicado em 17/06/2025, às 12h47   Entenda os tipos de queimaduras - Reprodução/Freepik   Redação

Com a chegada das festas juninas, as tradicionais comemorações com fogueiras e fogos de artifício trazem não apenas alegria, mas também um alerta: os acidentes com queimaduras estão em alta. Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), entre janeiro e setembro de 2024, foram registrados 288 casos de internações e atendimentos hospitalares provocados por fogos de artifício, um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2023, que somou 271 ocorrências. Os atendimentos ambulatoriais também cresceram: passaram de 102, no ano passado, para 112 em 2024. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2019 e 2022, o SUS contabilizou 1.548 internações por acidentes do tipo, uma média de um caso por dia.

Diante do crescimento dos casos, o enfermeiro intensivista e docente do curso de Enfermagem da Estácio, Mikael Flambertto, faz um alerta sobre os riscos do manuseio de fogos e fogueiras, além de orientar a população sobre como agir em situações de emergência. Para queimaduras leves, de primeiro grau, caracterizadas por vermelhidão e dor na região afetada, a recomendação é lavar o local com água corrente em temperatura ambiente ou fria, por cerca de 10 a 20 minutos, para reduzir a temperatura da pele e minimizar o dano aos tecidos. Mikael reforça que não se deve aplicar substâncias como manteiga, pasta de dente ou óleo, pois elas podem piorar a lesão e aumentar o risco de infecção.

No caso de queimaduras mais graves, como as de segundo ou terceiro grau, que apresentam bolhas grandes ou afetam grandes áreas do corpo, o especialista enfatiza a importância de procurar atendimento médico com urgência. “Não tente estourar bolhas nem remover roupas grudadas à pele queimada, pois isso pode agravar o ferimento e aumentar o risco de infecções”, adverte Mikael. Ele também recomenda cobrir a área queimada com um pano limpo e umedecido com água ou soro fisiológico até a chegada ao hospital.

Os números reforçam a necessidade de campanhas de conscientização e de cuidados redobrados durante as festas de junho. Segundo Mikael, a prevenção ainda é a melhor forma de evitar tragédias. “Muitas vezes, um momento de diversão pode terminar em internação ou com sequelas graves para o resto da vida. Por isso, todo cuidado é pouco”, conclui o enfermeiro.

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