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Publicado em 01/09/2025, às 13h38 Além da prevenir gestações inesperadas, o acesso ampliado a métodos contraceptivos também é apontado como estratégia para reduzir a mortalidade materna - Reprodução/Internet José Nilton Jr.
Começa a valer a partir desta segunda-feira (1º), uma medida que obriga os planos de saúde em todo o Brasil a incluir a cobertura do implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel, mais conhecido como Implanon, para mulheres entre 18 e 49 anos de idade.
A medida foi definida pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e tem como objetivo aumentar o acesso a métodos contraceptivos de longa duração e alta eficácia, reduzindo os índices de gravidez indesejada.
No setor público, o Ministério da Saúde já havia anunciado no mês de julho a incorporação do Implanon no Sistema Único de Saúde (SUS). Foi ressaltado que o método é mais vantajoso se comparado aos que já existe. Ele pode atuar por até três anos sem necessidade de manutenção e apresentar elevada taxa de eficácia.
Até o próximo ano, o governo federal almeja distribuir cerca de 1,8 milhão de implantes, sendo 500 mil ainda em 2025. O investimento total será de aproximadamente R$ 245 milhões. de reais Hoje, o custo do dispositivo no mercado privado varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
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Além da prevenir gestações inesperadas, o acesso ampliado a métodos contraceptivos também é apontado como estratégia para reduzir a mortalidade materna, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A meta do governo é reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até o ano de 2027.
O implante subdérmico é colocado sob a pele e libera gradualmente hormônios que inibem a ovulação. Seu efeito pode durar até três anos, após os quais deve ser retirado. Caso a usuária deseje, um novo dispositivo pode ser implantado imediatamente.
A fertilidade retorna rapidamente após a retirada, de acordo com o Ministério da Saúde. Atualmente, no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como um Larc (contraceptivo reversível de longa duração).
Diferentemente das pílulas e injetáveis, que dependem do uso correto e contínuo, os métodos Larc oferecem maior eficácia no planejamento reprodutivo.