Cidades

Bebê nasce com DIU colado ao corpo e caso viraliza nas redes

O nascimento de Bernardo gerou curiosidade ao mostrar o DIU da mãe colado ao seu corpo logo após o parto, viralizando nas redes sociais. - Divulgação
Após um parto de emergência, Bernardo nasceu prematuro, mas saudável, e a equipe médica ficou surpresa ao encontrar o DIU colado ao bebê  |   BNews Natal - Divulgação O nascimento de Bernardo gerou curiosidade ao mostrar o DIU da mãe colado ao seu corpo logo após o parto, viralizando nas redes sociais. - Divulgação

Publicado em 19/05/2025, às 07h04   Dani Oliveira



Quando Bernardo nasceu, ainda na sala de cirurgia, um detalhe inusitado chamou a atenção dos pais e da equipe médica. O DIU da mãe apareceu colado ao corpo do bebê, bem na região do bumbum. A imagem registrada viralizou nas redes e gerou curiosidade.

A foto, publicada no Instagram pela ginecologista e obstetra Rafaela Frota, mostra o recém-nascido com o dispositivo intrauterino (DIU) colado ao corpo logo após o parto.

Esse é o pequeno Bernardo, nasceu hoje por uma cesariana de emergência, chegou chegando e estreou nesse mundão com o DIU da mamãe coladinho no bumbum”, escreveu ela na publicação.

Segundo Rafaela, o dispositivo não estava perfurando a pele do bebê, apenas se aderiu na camada de vernix, uma substância branca que protege os recém-nascidos ainda no útero. “O DIU é um método muito seguro, mas como qualquer outro, também possui taxa de falha, mesmo que baixa”, afirmou a médica.

Surpresa aos três meses
A mãe de Bernardo, Amanda Gomes, 31, conta ao Metrópoles que sempre acompanhou de perto a colocação e manutenção do DIU. Ela usou o modelo de cobre por cinco anos antes de trocar, em 2021, para a versão hormonal Kyleena. Desde então, realizava ultrassonografias e exames preventivos com regularidade.

Com o DIU hormonal, eu não menstruava há quase três anos. Um dia tive um grande sangramento e achei que o DIU tinha deslocado. Fui à emergência, fiz ultrassom transvaginal e beta HCG. Foi aí que constataram uma possível gestação, confirmada com imagem de um saco gestacional de nove semanas, já com batimentos cardíacos. Foi surpresa total”, relembra.

Com o avanço da gestação, os médicos conseguiram localizar o DIU em diversas posições dentro do útero, o que exigiu um acompanhamento mais rigoroso. “Já iniciei a gestação com a classificação de alto risco. Tive dois grandes sangramentos no início e meu colo uterino estava curto para a idade gestacional”, relata Amanda.

Ela passou a seguir uma rotina com restrições, repouso e cuidados especiais. Ainda assim, a gravidez evoluiu bem.

Nascimento do Bernardo
O parto aconteceu no dia 4 de maio, após Amanda acordar com um novo sangramento. Ao chegar à maternidade, foi constatado que a bolsa havia se rompido. No exame cardiotocográfico, os batimentos cardíacos do bebê estavam elevados, indicando taquicardia.

Minha primeira opção era o parto normal, mas naquele momento não era seguro esperar a evolução. Conversamos com a médica e optamos pela cesárea”, relata Amanda.

Bernardo nasceu com 35 semanas e 5 dias, o que é considerado prematuro, mas sem complicações. “Não foi necessário UTI ou qualquer intervenção. Fizemos corticoide prévio ao nascimento para maturação pulmonar. Ele está ótimo e já em casa”, conta.

Logo após o nascimento, a obstetra mostrou Bernardo para a mãe. Foi quando a família percebeu que o DIU havia saído junto com o bebê, colado ao bumbum.

“Vimos na hora. A médica trouxe o Bernardo para perto de mim e o papai registrou o momento. Nós e toda a equipe começamos a rir de emoção, felicidade e surpresa, tudo junto”, relembra.


O que é DIU?

O dispositivo intrauterino - DIU é um método contraceptivo de alta efetividade - acima de 99%, índice maior ao da pílula anticoncepcional é equivalente à laqueadura. Ele pode ser inserido em qualquer momento da vida reprodutiva, inclusive em mulheres que não tiveram filhos, desde que esteja descartada a possibilidade de gravidez.

Sua principal vantagem é ter duração de até 10 anos e ação localizada, de forma que:

Sua eficácia NÃO diminui por interação com outras medicações;
NÃO é um método hormonal;
NÃO dependente da ação da pessoa para sua efetividade (não comportamental);
NÃO é abortivo;
NÃO provoca doença inflamatória pélvica e nem infertilidade.
O DIU atua enquanto contraceptivo por meio dos seguintes mecanismos:

Provoca mudanças no endométrio (parede do útero) pela liberação de íons de cobre na cavidade uterina, levando a uma ação inflamatória e citotóxica com efeito espermicida, ou seja, impede a passagem dos espermatozoides, agindo antes da fecundação.
Aumenta a concentração de cobre no muco cervical, ocasionando uma dificuldade de mobilidade para os espermatozoides.
Alteração de mecanismos das trompas, o que dificulta a movimentação do óvulo em direção ao útero e à fecundação.
Se a pessoa optar por engravidar, o DIU com cobre pode ser retirado a qualquer momento, e a gravidez pode acontecer logo em seguida.

Classificação Indicativa: Livre

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