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Publicado em 03/07/2025, às 16h42 BNews Natal
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar um dos métodos contraceptivos mais eficazes e modernos do mercado, o implante subdérmico liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon. O produto, que custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada, garante proteção contra gravidez não planejada por até três anos.
O Ministério da Saúde estima distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026, com 500 mil unidades já neste ano. O investimento total deve chegar a R$ 245 milhões. A decisão de incorporar o método foi aprovada pela Conitec e anunciada nesta quarta-feira (2).
Alta eficácia e reversibilidade
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o implante é considerado mais seguro que outros métodos por não depender do uso contínuo. Depois de colocado sob a pele do braço, ele libera hormônio de forma controlada e mantém sua eficácia sem necessidade de intervenção. Quando removido, a fertilidade volta rapidamente.
Até hoje, apenas o DIU de cobre era classificado como LARC (contraceptivo reversível de longa duração) no SUS. O Implanon vai se somar a esse grupo de métodos, que reduzem falhas de uso e ampliam o planejamento reprodutivo.
Capacitação e início da oferta
A expectativa é de que a implantação comece no segundo semestre de 2025, após publicação da portaria oficial. O Ministério terá 180 dias para providenciar compra, distribuição e capacitação de médicos e enfermeiros que farão inserção e retirada do dispositivo.
A secretária de Atenção Primária, Ana Luiza Caldas, destacou que a medida fortalece a política pública de planejamento reprodutivo e contribui para a meta de reduzir em 25% a mortalidade materna até 2027.
Atualmente, o SUS oferece preservativos, anticoncepcionais orais e injetáveis, DIU de cobre, laqueadura tubária e vasectomia. Entre todos, só os preservativos protegem contra ISTs.
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