Política

Zanin critica advogados de Bolsonaro e mantém avanço do STF para condenar réus por tentativa de golpe

Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Reprodução/Internet
A declaração do ministro Cristiano Zanin foi feita no início de seu voto, quando afastou a alegação de cerceamento de defesa apontada pelos advogados  |   BNews Natal - Divulgação Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Reprodução/Internet
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 11/09/2025, às 17h09 - Atualizado às 17h30



Nesta quinta-feira (11), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as defesas dos acusados não buscaram o devido suporte técnico para realizar a análise das provas apresentadas no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

A declaração do ministro foi feita no início de seu voto, quando afastou a alegação de cerceamento de defesa apontada pelos advogados.

“Foi confirmado que todo o material foi fornecido pelo respeitável ministro relator. Portanto, caso houvesse alguma dificuldade na manipulação desse material, seria responsabilidade dos ilustres advogados buscar a assistência técnica, a qual mencionei, mas que não identifiquei nos documentos”, disse Zanin.

Maioria formada no STF

Com o voto da ministra Cármen Lúcia, apresentado mais cedo nesta quinta, o Supremo formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por todos os crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Os acusados respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além de danos qualificados ao patrimônio público e destruição de bens tombados.

Votos até agora

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, abriu a votação com um voto de aproximadamente cinco horas, estruturado em 13 tópicos e ilustrado com cerca de 70 slides.

Ele defendeu a condenação de todos os réus e descreveu, em ordem cronológica, a atuação da organização criminosa que teria articulado o golpe.

O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes integralmente. Por outro lado, Luiz Fux divergiu parcialmente: votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do esquema, e de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, mas absolveu Bolsonaro e outros cinco acusados.

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