Política
Publicado em 23/05/2025, às 17h00 Redação
Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertam para um possível “caos logístico” caso a proposta de unificação das eleições — aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado — avance. A medida prevê a realização conjunta de pleitos municipais, estaduais e federais, o que, segundo interlocutores da cúpula da Corte, pode gerar graves impactos operacionais e jurídicos.
A principal preocupação é o acúmulo de processos, como registros de candidaturas, representações de propaganda e recursos eleitorais, que, com mais de 2 milhões de candidatos, poderiam paralisar o sistema.
O tempo de votação também preocupa: com nove cargos em disputa, cada eleitor demandaria mais tempo na urna. Para suprir a demanda em um único domingo de votação, seriam necessárias mais urnas, novas zonas eleitorais e um reforço significativo no quadro de servidores.
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Fontes ligadas ao TSE classificaram os custos extras como altos e desproporcionais, especialmente considerando o intervalo de cinco anos entre os pleitos unificados. Além disso, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) teriam suas atribuições duplicadas, atuando em duas instâncias simultaneamente, o que exigiria uma reestruturação profunda.
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