Política

Pressão total: Lula rejeita sancionar aumento de deputados; entenda a situação

Com 76% da população contra, Lula avalia vetar proposta - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Presidente Lula confirma que não sancionará projeto de lei que aumenta o número de deputados, enfrentando forte oposição popular  |   BNews Natal - Divulgação Com 76% da população contra, Lula avalia vetar proposta - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Publicado em 07/07/2025, às 13h51   BNews Natal



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e não vai sancionar o projeto de lei complementar que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. A proposta foi aprovada em junho pelo Congresso e enfrenta forte rejeição popular.

A informação foi confirmada por três ministros próximos ao presidente, que relataram que Lula já havia sinalizado contrariedade desde o início da tramitação. Apesar disso, auxiliares ainda tentavam convencê-lo a sancionar o projeto como gesto para reduzir a tensão com o parlamento.

No fim de semana, o petista sacramentou a decisão: não vai endossar o aumento no número de parlamentares. Agora, avalia duas alternativas – vetar formalmente o texto ou simplesmente não sancionar, transferindo a responsabilidade da promulgação ao Congresso.

Vetando ou não, desgaste político é inevitável

Entre os dois caminhos, Lula já manifestou preferência por vetar a proposta. Segundo ministros, ele considera que um veto teria respaldo popular. Pesquisa Datafolha mostrou que 76% dos brasileiros são contra ampliar o número de deputados.

Por outro lado, assessores alertam para o risco de aprofundar o desgaste com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que liderou a votação e defende a medida. Se o veto ocorrer, o Congresso terá de se mobilizar para derrubá-lo e tornar a proposta efetiva.

Na outra hipótese, Lula pode simplesmente não sancionar e permitir que o próprio Congresso promulgue a lei. Nesse caso, o presidente se preservaria de um novo enfrentamento direto, mas também abriria mão de assumir publicamente o gesto contra o projeto.

Aliados pressionam pelo veto e citam sentimento popular

Deputados petistas defendem que Lula barre o projeto. “Lula deveria vetar. Não é o caso de se omitir”, disse Rui Falcão (PT-SP). A avaliação é de que não agir transmitiria imagem de fragilidade. “O povo depois julga quem está com a razão”, completou.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, também defendeu que o presidente exerça o direito de veto. “É fundamental para abrir um debate amplo sobre o assunto. O sentimento da população é de repulsa”, afirmou.

Dentro do governo, ministros relatam que Lula escuta argumentos dos dois lados. Enquanto parte dos assessores pondera sobre o impacto político da decisão, aliados próximos acreditam que o presidente não deve ignorar a opinião pública.

“Se dependesse só dele, ele vetaria”, disse um auxiliar direto. Por ora, Lula avalia qual caminho terá menos custo político no Congresso, mas já deixou claro que não pretende sancionar o aumento.

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