Política

Impeachment de Lula? Oposição discute ideia após crise no INSS

Parlamentares da oposição discutem a coleta de assinaturas para um pedido de impeachment do presidente Lula após fraudes no INSS. - Divulgação
Deputados afirmam que escândalo do INSS é grave e pode justificar um pedido de impeachment contra o presidente da República  |   BNews Natal - Divulgação Parlamentares da oposição discutem a coleta de assinaturas para um pedido de impeachment do presidente Lula após fraudes no INSS. - Divulgação

Publicado em 06/05/2025, às 07h04   Dani Oliveira



Parlamentares que fazem oposição a Lula discutem se devem colher assinaturas para protocolar um pedido de impeachment do presidente da República. A iniciativa ocorre após a revelação de fraudes bilionárias no INSS que lesaram aposentados e pensionistas e culminaram com a demissão de Carlos Lupi (PDT) do Ministério da Previdência Social.

Estamos avaliando, com responsabilidade e seriedade, a apresentação de um pedido de impeachment em decorrência do escândalo do INSS. Os fatos revelados são de extrema gravidade e não podem, em hipótese alguma, ficar impunes”, afirmou o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). “O maior escândalo de corrupção da história desse país não passará em branco”, prosseguiu.

O pedido de impeachment ainda não é consenso na oposição. Muitos no campo conservador avaliam que, como a eleição ocorrerá já no ano que vem, a melhor estratégia seria enfrentar um Lula “desgastado” a um Geraldo Alckmin (PSB) recém-empossado presidente.

Adepto da linha do desgaste, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) colheu as assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito mirando a atuação de sindicatos envolvidos no esquema. A oposição pretende investigar José Ferreira da Silva, irmão de Lula. Conhecido como “Frei Chico”, José Ferreira da Silva é diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das 11 entidades suspeitas de envolvimento no esquema.

Pelo lado do Palácio do Planalto, a avaliação é que a crise do INSS é prejudicial ao governo mas não a ponto de respingar no projeto de reeleição de Lula. O presidente afirma que os aposentados e pensionistas prejudicados serão reembolsados após amargarem os descontos indevidos.

Ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi não aguentou a pressão pediu para deixar o cargo na última segunda-feira (2/5). Ele é presidente nacional do PDT, partido que deverá integrar a coligação de Lula na disputa pela reeleição, em 2026.

Para o lugar de Lupi, o PDT indicou Wolney Queiroz. Mesmo antes de sentar na cadeira, o novo chefe da pasta já entrou na mira da oposição. Isso porque, quando deputado federal, Wolney Queiroz foi coautor de emenda que afrouxou justamente regras de controle de descontos no INSS.

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