Política
Publicado em 24/05/2025, às 10h34 Redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado por interlocutores do partido a escolher o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), como vice na chapa para a eleição de 2026.
A ideia partiu de lideranças petistas do Rio de Janeiro, que entendem ser necessário um nome com capilaridade eleitoral no Sudeste e com apelo ao centro, visando garantir a reeleição no próximo pleito.
A ofensiva mais recente pelo nome de Paes na chapa de Lula foi feita junto à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na última semana. Foi quando lideranças petistas se concentraram em Brasília para escolher o nome que representará a ala majoritária da sigla, a Construindo um Novo Brasil (CNB), no processo de eleição interna do partido.
Atualmente, Paes é visto como forte candidato ao governo do Rio de Janeiro. O PSD acredita que o gestor carioca tem grandes chances de assumir o Palácio das Laranjeiras a partir de 2026. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em abril, ele lidera a corrida com 48,9% de intenção de voto, com chance de vitória em primeiro turno, a depender da margem de erro.
Na avaliação da ala do PT favorável a Paes, a escolha do prefeito do Rio de Janeiro ajudaria Lula a dialogar com conservadores — o prefeito comanda uma coalizão que conta com partidos da esquerda à direita, incluindo evangélicos — e amarrar o PSD na sua aliança. Trata-se do maior partido em número de prefeitos atualmente, e também conta com a maior bancada no Senado.
Atualmente, o PSD está dividido. Possui três ministérios no governo (Agricultura; Pesca e Minas e Energia), mas também está contemplado no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. Enquanto isso, a bancada de deputados assumiu a postura de independência, diante da falta de acenos do Planalto com mais espaços na Esplanada.
Para o PT do Rio de Janeiro, colocar Paes na vice poderia fazer com que Kassab reforce a tese, entre os aliados de Tarcísio, de que o governador deveria disputar a reeleição em São Paulo no ano que vem. Uma parte da direita quer ver o atual gestor paulista, que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, representando o grupo na próxima eleição nacional. As informações são do Metrópoles
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