Política
Publicado em 12/05/2025, às 13h49 Redação
Durante discurso no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China nesta segunda-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o recente tarifaço promovido por Donald Trump (REPUBLICANO), presidente dos Estados Unidos. A fala ocorreu em meio à viagem oficial do petista à China, onde cumpre agenda com a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e terá uma reunião bilateral com o presidente chinês Xi Jinping.
Lula demonstrou indignação com a postura protecionista norte-americana e afirmou que não aceita a imposição unilateral de tarifas comerciais. “É por isso que eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] tentou impor ao planeta Terra do dia para a noite”, disse o presidente brasileiro.
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O chefe do Executivo defendeu o multilateralismo como base para garantir a paz entre os países e promover o livre comércio. “O multilateralismo depois da 2ª Guerra Mundial foi o que garantiu todos esses anos de harmonia entre os Estados. Não foi o protecionismo”, destacou.
Segundo Lula, restringir o comércio global por meio de barreiras pode agravar tensões geopolíticas. “O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história da humanidade. O que queremos é o multilateralismo para que a gente possa praticar o livre comércio”, acrescentou.
A crítica ocorre em um contexto de acirramento na guerra comercial entre China e Estados Unidos. Em abril, Trump determinou tarifas sobre produtos importados de vários países, mas recuou parcialmente diante da pressão internacional — com exceção da China, que respondeu com medidas retaliatórias. Com a escalada, as duas maiores economias do mundo chegaram a adotar taxas mútuas acima de 100%, tornando o comércio praticamente inviável.
Lula também afirmou que o Brasil tem interesse em diversificar suas exportações, hoje muito concentradas em óleos combustíveis e fertilizantes. Segundo ele, é fundamental ampliar o comércio de produtos como carne bovina e soja, em um modelo de trocas mais equilibrado.
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