Política
Publicado em 03/07/2025, às 16h27 BNews Natal
Nos próximos dias, o presidente Lula (PT) deve realizar a indicação da advogada Vera Lúcia Araújo para o cargo de ministra titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo a primeira mulher negra a ocupar a posição na história do órgão.
Vera Lúcia, que já atua como substituta na Corte, é uma das três advogadas que fazem parte de uma lista enviada ao Palácio do Planalto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A lista é composta por três nomes: Vera Lúcia, Cristina Maria Neves e Estela Aranha. A idealização da lista partiu de uma iniciativa executada pela ministra Cármen Lúcia que, atualmente, é presidente do TSE. A ação teve como principal objetivo garantir uma maior representatividade de gênero na composição do Tribunal.
A escolha de Vera Lúcia atende a uma previsão constitucional, sendo uma exigência voltada para que o presidente da República nomeie um dos nomes da lista elaborada pelo STF para compor o TSE.
Mais sobre Vera Lúcia
Ativista de direitos humanos, a advogada faz parte da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, além de ser militante da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal.
O nome da advogada conta com apoio da primeira-dama Janja da Silva e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A indicação dela também representa um aceno político à base progressista e antirracista do governo.
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Na semana passada, Lula recebeu uma carta assinada por mais de cem entidades da sociedade civil, incluindo movimentos sociais e organizações antirracistas, em apoio à indicação de Vera. O documento afirma que sua nomeação seria “um marco na história do Judiciário brasileiro”.
Outras listas e indicações
Além da lista exclusivamente feminina, o STF também encaminhou uma lista tríplice com nomes masculinos ao Planatlo. Esta é composta pelos juristas José Levi do Amaral, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, atuais ministros do TSE.
As indicações ao TSE são aguardadas para as próximas semanas e ganharam ainda mais relevância diante da composição da Corte para o ano eleitoral de 2026. A decisão do Supremo de enviar duas listas tríplices teve como motivação a garantia de maior equilíbrio de gênero no próximo ciclo eleitoral.
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