Política

Justiça Eleitoral aceita denúncia que pode cassar mandato de Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira se defende, alegando perseguição política e criticando a acusação de difamação contra seu discurso. - Reprodução/Câmara dos Deputados
Processo pode resultar em perda de mandatos e inelegibilidade por até oito anos para os envolvidos na denúncia  |   BNews Natal - Divulgação Nikolas Ferreira se defende, alegando perseguição política e criticando a acusação de difamação contra seu discurso. - Reprodução/Câmara dos Deputados

Publicado em 26/07/2025, às 12h41   Aryela Souza



A Justiça Eleitoral de Minas Gerais acolheu, na última sexta-feira (25), uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros três políticos do partido.

O processo, agora aberto, pode levar à perda dos mandatos e à inelegibilidade dos envolvidos por até oito anos.

Além de Nikolas, foram denunciados o deputado estadual Bruno Engler, a deputada estadual Delegada Sheila e Cláudia Araújo Romualdo, presidente do PL-Mulher em Minas e candidata a vice-prefeita na chapa de Engler em 2024.

A decisão, assinada pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, deu aos acusados o prazo de 10 dias para apresentarem suas defesas.

A Acusação

Segundo o MPE, o grupo usou as redes sociais durante as eleições de 2024 para divulgar informações falsas e distorcidas sobre o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que buscava a reeleição e faleceu em março deste ano. O objetivo seria prejudicar a imagem do adversário e favorecer a candidatura de Bruno Engler.

A acusação afirma que os parlamentares usaram trechos de um livro de ficção escrito por Noman, chamado "Cobiça", para insinuar falsamente que a obra estaria ligada à exposição de crianças a material impróprio em um festival de quadrinhos da prefeitura.

O Ministério Público classificou a atuação como difamatória, destacando que Nikolas Ferreira agiu "de forma leviana e injusta" ao chamar o livro de "pornográfico".

O MPE também apontou que Nikolas teria descumprido uma ordem judicial de outubro de 2024 para retirar o conteúdo do ar, debochando da determinação e fazendo novas publicações.

A Reação de Nikolas Ferreira

Após a notícia da denúncia, Nikolas se pronunciou em suas redes sociais em 8 de julho, classificando o processo como perseguição política a parlamentares de direita.

Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não!", escreveu o deputado. "Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais, não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país”, completou.

Classificação Indicativa: Livre

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