Política
Publicado em 14/06/2025, às 08h44 Aryela Souza
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro de 2023, o governo brasileiro adotou uma postura diplomática que resultou em 64 notas oficiais condenando ações das Forças de Defesa de Israel (FDI), em contraste com 10 comunicados críticos ao Hamas e seus grupos aliados, como os Houthis, o Hezbollah e o Irã. A mais recente manifestação contra Israel foi publicada nesta sexta-feira (13), após o bombardeio israelense a cidades iranianas.
O Foco das Críticas a Israel
As condenações do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) a Israel concentram-se em ataques a instalações civis, instituições de saúde, missões diplomáticas e organizações de assistência humanitária. Segundo o levantamento, o tom das críticas se intensificou com o passar do tempo. Após três notas nas primeiras semanas de guerra, o ano de 2024 registrou 45 comunicados condenando ou expressando preocupação com a atuação militar israelense.
De janeiro a junho de 2025, já foram emitidas mais de 16 notas com o mesmo teor. Somente na última semana, encerrada na sexta-feira (13), foram quatro manifestações, incluindo uma que condenou a "violação da soberania" do Irã por Israel e três informes sobre a interceptação da embarcação "Madleen", que levava ativistas internacionais, como a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, em direção a Gaza.
As Condenações ao Hamas e Aliados
Em contrapartida, as notas condenando ações do Hamas e de seus aliados somam 10 comunicados desde o início do conflito. A primeira foi publicada no mesmo dia do ataque do grupo extremista a Israel, em 7 de outubro de 2023. Naquela primeira semana, outras três notas foram divulgadas em luto pelos três cidadãos brasileiros mortos pelos terroristas. A última publicação do Itamaraty em solidariedade a Israel citada no levantamento ocorreu no aniversário de um ano do ataque do Hamas, que vitimou mais de 1.100 israelenses.
Para contextualizar a dimensão humana do conflito, o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, informa que mais de 57.000 pessoas morreram no enclave palestino desde o início da guerra.
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