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Publicado em 14/06/2025, às 08h18 Aryela Souza
O exército iraniano lançou uma série de ataques contra Israel na manhã deste sábado (14), resultando em ao menos três cidadãos israelenses mortos e 82 feridos. A ofensiva, batizada de "Operação Promessa Verdadeira 3", foi uma resposta direta aos bombardeios realizados por Israel contra o Irã na madrugada de ontem, sexta-feira (13).
A retaliação iraniana ocorre um dia após um ataque israelense em território persa que, segundo fontes locais, já vitimou 78 pessoas, incluindo altos oficiais militares, e deixou mais de 320 feridos em diferentes regiões do país.
Ataques, Defesas e Alegações Contraditórias
No início da madrugada deste sábado (horário local), o Exército israelense emitiu um alerta à sua população para que buscasse refúgio, após detectar o lançamento de mísseis do Irã.
Há pouco tempo, sirenes soaram em várias áreas de Israel após a detecção de mísseis do Irã lançados contra o Estado de Israel. [A Força Aérea está] atuando para interceptar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça", informou o Exército israelense no aplicativo Telegram às 4h40 locais (22h40 da sexta-feira em Brasília).
Apesar das defesas, os ataques iranianos conseguiram furar a barreira do Domo de Ferro, o sistema antimísseis de Israel. As alegações de ambos os lados sobre os danos são conflitantes:
Contexto Nuclear e Diplomático Ignorado
A escalada do conflito ocorre em um momento diplomático delicado. O ataque de Israel ao Irã foi justificado pelo governo israelense sob a alegação de que o programa nuclear iraniano estaria em estágio muito avançado, representando um perigo iminente.
No entanto, a ofensiva israelense ignorou as negociações sobre não proliferação de armas nucleares que estavam em andamento entre os Estados Unidos e o Irã desde abril, com a mediação de Omã. Essas conversas marcavam a retomada do diálogo após a saída dos EUA do acordo nuclear de 2015, decidida por Donald Trump em 2018.
Desde então, o Irã intensificou suas atividades nucleares e hoje enriquece urânio a 60% – um nível muito acima do limite de 3,67% estabelecido no acordo original, mas ainda abaixo dos 90% necessários para o desenvolvimento de armas atômicas.
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