Política
Publicado em 27/05/2025, às 17h54 Redação
Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 poderiam ter sido evitados se o plano de segurança planejado na época dos fatos tivesse sido seguido. A informação foi relatada nesta terça-feira (27) pela coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Cíntia Queiroz, durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na ocasião, Cíntia ocupava o cargo de subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ela foi ouvida como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Segundo a coronel, o planejamento operacional previa a chegada de aproximadamente 2 mil manifestantes em caravanas, com o bloqueio da entrada na Esplanada dos Ministérios.
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Ao ser questionada pela defesa de Torres se as invasões às sedes dos Três Poderes teriam ocorrido caso o plano tivesse sido cumprido, foi categórica: "Não, com certeza, não."
Outros depoimentos:
Além de Cíntia, o Supremo também ouviu delegados da Polícia Federal (PF) indicados pela defesa de Anderson Torres. Entre eles, o ex-diretor da PF Márcio Nunes, que relatou ter participado de uma reunião durante o período eleitoral de 2022, na qual Torres teria solicitado que a atuação da corporação fosse mantida com rigor no segundo turno.
O delegado negou qualquer ação direcionada da PF contra eleitores, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, e disse que a atuação da corporação durante as eleições foi feita dentro da legalidade, com ações preventivas e ostensivas para garantir a segurança do pleito.
Contexto:
Anderson Torres é réu no STF dentro do chamado "Núcleo 1" das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. O grupo é acusado de planejar e executar os ataques às instituições democráticas no início de 2023, que resultaram na depredação das sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
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