Política
Publicado em 16/06/2025, às 16h04 Júnior Teixeira
A Câmara dos Deputados deve votar, ainda nesta semana, o requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que tem como objetivo derrubar o decreto do governo federal que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Existe um acordo entre os líderes para que apenas a urgência seja apreciada neste momento, sem uma análise do mérito da proposta.
Esse movimento está sendo visto como um recado político da Câmara ao Palácio do Planalto. Vem crescendo o clima de insatisfação com a recente Medida Provisória (MP) do Executivo que aumentou a carga tributária, incluindo a taxação de investimentos atualmente isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do setor imobiliário (LCI).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que "não está no cargo para servir a projeto político de ninguém", demonstrando um certo desconforto com a condução do governo.
LEIA TAMBÉM:
Câmara reage a aumento de impostos e acelera votação para barrar novo decreto do IOF; entenda
PP e União Brasil tomam decisão contra MP alternativa ao IOF de Haddad
Além disso, deputados da oposição, principalmente do Partido Liberal (PL), afirmam ter o apoio de aproximadamente 310 parlamentares para aprovar a urgência. Esse número mostra que existe uma articulação da Casa, bem como a capacidade de impor desgastes ao Executivo, mesmo que a votação do mérito ainda não esteja prevista.
Por outro lado, o governo tenta conter a crise, sinalizando que deve acelerar a liberação de recursos e retomar o diálogo com os líderes partidários.
Classificação Indicativa: Livre