Política

Brasil tenta ganhar tempo: governo estuda pedir adiamento de tarifa imposta por Trump

Ao todo, mais de 100 líderes empresariais já foram ouvidos, incluindo executivos do agronegócio, da indústria e até de big techs americanas - Divulgação/Senado Federal
O governo federal ainda não definiu uma resposta definitiva à medida protecionista do presidente dos Estados Unidos Donald Trump  |   BNews Natal - Divulgação Ao todo, mais de 100 líderes empresariais já foram ouvidos, incluindo executivos do agronegócio, da indústria e até de big techs americanas - Divulgação/Senado Federal

Publicado em 23/07/2025, às 17h42   BNews Natal



Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adota um discurso mais firme contra a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, o governo federal trabalha nos bastidores para conter os danos.

De acordo com empresários que participaram das reuniões com integrantes do Executivo, o caminho mais provável deve ser a solicitação de adiamento da medida, prevista para começar a funcionar no dia 1º de agosto.

A proposta em análise envolve um pedido formal aos Estados Unidos para postergar o início da tarifa por 60 a 90 dias, sob o argumento de que produtos brasileiros já estão em trânsito ou nos portos americanos, o que poderia gerar prejuízos bilaterais em contratos comerciais já em andamento.

A chance de o pleito ser aceito, no entanto, é considerada remota por interlocutores do Planalto.

Alckmin lidera estratégia de contenção

O governo federal ainda não definiu uma resposta definitiva à medida protecionista de Trump. Porém, desde a instalação do comitê interministerial para formular a estratégia brasileira, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que preside o grupo, tem mantido diálogo direto com representantes do setor produtivo.

Ao todo, mais de 100 líderes empresariais já foram ouvidos, incluindo executivos do agronegócio, da indústria e até de big techs americanas.

Apesar da pressão por uma reação mais dura, Alckmin tem descartado, por ora, a aplicação de medidas de reciprocidade.

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A avaliação predominante no governo é que uma resposta tarifária aos EUA poderia agravar ainda mais a situação, já que grande parte das tecnologias utilizadas por indústrias brasileiras é de origem americana. 

Setores pressionam por cotas de isenção

Enquanto o governo central busca uma resposta diplomática, setores específicos têm recorrido a estratégias próprias.

Os produtores de carne bovina e de suco de laranja, por exemplo, encaminharam pedidos para criação de cotas de isenção da nova tarifa, na tentativa de evitar que os produtos sejam atingidos pelas alíquotas de Trump.

Outras categorias, como a mineração, também estão se organizando para atuar diretamente junto a representantes americanos. 

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