Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 01/08/2025, às 14h13
Durante a abertura da primeira sessão plenária da Corte, referente ao segundo semestre de 2025, Luís Roberto Barroso, ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), discursou em defesa de Alexandre de Moraes, também ministro do STF.
Além disso, Barroso também falou sobre o posicionamento do pode Judiciário em relação aos ataques direcionados à democracia brasileira que aconteceram nos últimos anos no país.
“Nem todos têm sabem dos perigos que o Brasil enfrentou e da relevância de uma atuação firme e rigorosa, sempre pautada pelo devido processo legal”, afirmou o presidente do STF, em referência à Moraes, que é o responsável por relatar os inquéritos que apuram os atos antidemocráticos.
“Não foram tempos comuns”, afirma ministro
Barroso começou falando a respeito de capítulos da história do Brasil que foram marcados por tentativas e efetiva concretização de golpes de Estado. Porém, de acordo com o presidente do STF, a Constituição de 1988 inaugurou o período mais longo de estabilidade institucional registrado na história republicana do Brasil.
“O país viveu uma sucessão de fatos graves: tentativa de explosão de bomba no aeroporto de Brasília, tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, ameaças contra ministros da Corte, campanhas de desinformação sobre as urnas eletrônicas e até alterações indevidas em relatórios das Forças Armadas que atestavam a lisura do processo eleitoral”, disse.
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Barroso ainda fez questão de lembrar dos acampamentos que foram montados nas entradas dos quartéis com pedidos de intervenção militar, além de pedidos de impeachment contra ministros do STF.
Para ele, tais atos podem ser considerados como tentativas claras de desestabilizar o sistema democrático que existe no Brasil.
Para Barroso, Corte evitou colapso das instituições
O ministro e presidente do STF ainda falou sobre o papel da Corte em relação à defesa da ordem constitucional.
“Fazemos parte de uma lista com poucos exemplos no mundo todo onde um tribunal, ao lado da sociedade civil, da imprensa e da maior parte da classe política, conseguiu impedir uma séria erosão democrática. Sem nenhum dano às instituições, mesmo diante de uma grande incompreensão”, declarou.
De acordo com Barroso, a atividade “independente e ativa” do STF foi crucial para impedir o colapso das instituições, além de garantir a legitimidade do Estado democrático de direito.
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