Polícia
Publicado em 03/06/2025, às 08h46 Redação
Um dia após a Justiça determinar a soltura de MC Poze, sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha se tornou alvo de uma operação policial na manhã desta terça-feira (3). A ação é da Polícia Civil do Rio de Janeiro que investiga um esquema de lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho (CV).
Segundo informações do g1, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram até a residência do casal em um condomínio de luxo, no bairro Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do RJ, mesmo local onde o MC foi preso na última quinta-feira.
Os agentes cumprem trinta mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A ação inclui ainda ordens de bloqueio de bens em 35 contas bancárias.
Investigações apontam 'laranjas'
De acordo com a investigação, foram identificados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) depósitos nas contas pessoal e empresarial de Vivi Noronha. As quantias teriam origem de contas de supostos laranjas do traficante. O esquema era operado pelo traficante Phillip da Silva Gregório, o Professor, morto no último domingo (1º), e teria movimentado mais de R$ 250 milhões, a partir do tráfico de drogas e da compra de armas de uso restrito.
A influenciadora é apontada como uma beneficiária direta dos recursos e identificada com uma posição "simbólica" no Comando Vermelho e representaria "o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital".
Baile da Escolinha
Além da suposta participação de Vivi, as investigações apontam que um evento conhecido como “Baile da Escolinha” era utilizado como mecanismo de arrecadação de fundos para o tráfico de drogas e armas. Um restaurante na mesma localidade também estaria sendo usado para lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Uma produtora musical é outro alvo da apuração. Tanto o responsável pela empresa quanto a própria produtora figuram como destinatários diretos de recursos financeiros ligados ao Comando Vermelho. A suspeita é de que a produtora promovia bailes funk financiados com dinheiro da facção.
As investigação da Polícia Civil apontam um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe da facção nos Complexos do Alemão e da Penha como um dos remetentes identificados. Ainda segundo a polícia, outro envolvido é um homem procurado pelo FBI por suspeita de atuar como operador de valores para o grupo terrorista Al-Qaeda.
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