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O golpe de Sister Hong: como um homem enganou e expôs vítimas online

O golpe de Sister Hong: como um homem enganou e expôs vítimas online - Reprodução
O escândalo ganhou repercussão internacional depois que os conteúdos se espalharam por redes como TikTok e X  |   BNews Natal - Divulgação O golpe de Sister Hong: como um homem enganou e expôs vítimas online - Reprodução

Publicado em 23/07/2025, às 21h12   BNews Natal



Um caso envolvendo um homem de 38 anos causou indignação e espanto na China e fora dela. Conhecido online como “Sister Hong”, ele foi preso em Nanquim após ser acusado de gravar, sem consentimento, relações sexuais com outros homens e compartilhar os vídeos em grupos pagos na internet.

O escândalo ganhou repercussão internacional depois que os conteúdos se espalharam por redes como TikTok e X (antigo Twitter), impulsionados por memes, montagens e teorias envolvendo a identidade do acusado.

Identificado como Jiao, o homem criava perfis em aplicativos de relacionamento nos quais se apresentava como uma mulher divorciada. Para manter a farsa, usava o nome “Sister Hong”, recorria a perucas, maquiagem, filtros digitais e até modificadores de voz.

Durante os encontros, Jiao permanecia vestido e, em muitos casos, usava máscara facial. Há registros que sugerem que alguns parceiros não percebiam que estavam com um homem. A maioria das vítimas é formada por homens orientais, embora também existam relatos envolvendo estrangeiros, como indianos.

Gravações secretas e venda dos vídeos

Sem o conhecimento ou consentimento das vítimas, Jiao filmava os encontros e lucrava com o conteúdo. Segundo o jornal South China Morning Post, ele cobrava cerca de 150 yuan (equivalente a R$ 115) para dar acesso aos vídeos em grupos privados da internet.

Sister Hong

Apesar disso, as investigações apontam que Jiao não cobrava diretamente pelos encontros íntimos. Em vez disso, pedia presentes considerados simbólicos, como frutas ou leite, o que pode ser interpretado pelas autoridades como pagamento indireto.

Vítimas expostas e investigação em curso

A situação ganhou proporções ainda maiores após os vídeos serem compartilhados de forma massiva. Diversos homens se reconheceram nas imagens e procuraram a polícia. Casos mais delicados também vieram à tona, como o de um professor de ensino infantil identificado por uma mãe de aluno e o de um homem reconhecido pela própria noiva.

A polícia de Nanquim informou que a prisão de Jiao ocorreu no início de julho. As autoridades seguem investigando o número de vítimas, negando rumores de que mais de 1.600 homens teriam sido filmados. Também foi desmentida a informação de que o acusado viveria com HIV e teria contaminado outras pessoas.

Possíveis crimes e julgamento

Jiao deverá responder por violação dos direitos de imagem e divulgação de conteúdo obsceno. O governo chinês também avalia se ele poderá ser acusado de outros crimes, como prostituição, caso os presentes recebidos durante os encontros sejam considerados pagamento.

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