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Sobe para 279 o número de mortos em queda de avião na Índia

A aeronave caiu logo após a decolagem, atingindo um bairro residencial e resultando em 38 mortes em solo, além das vítimas a bordo. - Reprodução
O acidente com o Boeing 787 da Air India em Ahmedabad é a catástrofe aérea mais letal desde 2014, com 279 mortos confirmados até agora  |   BNews Natal - Divulgação A aeronave caiu logo após a decolagem, atingindo um bairro residencial e resultando em 38 mortes em solo, além das vítimas a bordo. - Reprodução

Publicado em 14/06/2025, às 10h03   Aryela Souza



O número de mortos no acidente com o Boeing 787 da Air India, que caiu na quinta-feira (12) em Ahmedabad, no noroeste da Índia, subiu para ao menos 279, de acordo com um novo balanço divulgado neste sábado (14). A tragédia já é considerada a catástrofe aérea mais fatal registrada no mundo desde 2014.

A aeronave, correspondente ao voo 171 da Air India, caiu na quinta-feira às 13h39 (horário local), menos de um minuto após decolar com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres. Segundo informações da aviação civil indiana, a tripulação emitiu um pedido de socorro quase imediatamente após deixar o solo, antes de o avião cair sobre um bairro residencial, atingindo uma moradia de médicos e estudantes de um hospital próximo.

O novo balanço sugere que, além das vítimas a bordo, 38 pessoas morreram em solo. O Boeing 787 transportava 230 passageiros de diversas nacionalidades – 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e um canadense – e 12 membros da tripulação.

Apenas um passageiro sobreviveu ao desastre. Ramesh Vishwakumar, um britânico de origem indiana de 40 anos, estava sentado na parte da frente do avião.

Ainda não consigo acreditar como consegui sair vivo de tudo isso”, contou à televisão indiana.

 Moradores descreveram cenas de pânico.

Uma rajada de vento e fumaça varreu o cômodo onde estávamos comendo. Era impossível ver quem estava sentado ao nosso lado, então fugimos", relatou o médico Mohit Chavda, que estava na residência para profissionais de saúde atingida pelo avião.

A Investigação e as Caixas-Pretas

As equipes de resgate recuperaram na sexta-feira (13) uma das duas caixas-pretas do avião e, neste sábado, continuavam a busca pela segunda, que contém as gravações de voz da cabine (o registrador de conversas). A descoberta do primeiro registrador foi celebrada pelo ministro da Aviação, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, como “um passo importante na investigação”.

Agências de investigação do Reino Unido e dos Estados Unidos anunciaram o envio de equipes para auxiliar as autoridades indianas. Como medida de precaução, a aviação civil indiana ordenou a inspeção de todos os Boeing 787 em operação na frota da Air India.

Repercussão e Contexto Histórico

Este é o primeiro acidente fatal envolvendo um Boeing B-787 Dreamliner desde que o modelo entrou em operação, em 2011. A tragédia já é a mais letal desde a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil sobre a Ucrânia em julho de 2014, que causou 298 mortes.

Em reação ao desastre, o CEO da Boeing, Kelly Ortberg, cancelou sua visita ao salão aeronáutico de Le Bourget, na França, o maior do mundo, que começa na segunda-feira.

Enquanto especialistas afirmam que ainda é cedo para apontar as causas do acidente, o ministro do Interior indiano, Amit Shah, informou que o balanço definitivo de vítimas será divulgado após a conclusão dos exames de identificação por DNA. Uma coletiva de imprensa do ministro da Aviação é aguardada para a tarde deste sábado.

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