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Publicado em 08/05/2025, às 14h29 Redação
O cardeal Robert Francis Prevost, agora papa Leão XIV, conhecido como o “pastor de duas pátrias”, foi eleito papa nesta quinta-feira (08), tornando-se o primeiro pontífice norte-americano e marcando um momento histórico para a Igreja Católica. Nascido nos Estados Unidos e com ampla atuação missionária no Peru, Prevost adota o nome de Papa João Paulo III e representa uma continuidade da visão pastoral e progressista do papa Francisco.
Pastor de duas culturas
Natural de Chicago, nos EUA, Prevost ganhou destaque por sua missão no Peru durante os anos 1980, onde aprendeu espanhol fluentemente e se conectou profundamente com a realidade social e religiosa da América Latina. Sua trajetória o tornou símbolo da união entre o Norte e o Sul do continente, trazendo ao papado uma experiência multicultural e sensível às demandas sociais da região.
Experiência e liderança global
Antes de sua eleição, Prevost ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, função que o posicionou estrategicamente no centro das decisões sobre a liderança episcopal no mundo. Essa atuação consolidou sua reputação de gestor equilibrado e pastor próximo das comunidades, características vistas como essenciais para conduzir a Igreja em tempos de desafios globais.
Em entrevista ao portal do Vaticano, ainda como cardeal, Prevost destacou a humildade como elemento central da liderança católica:
“O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Desafios e simbolismo
A eleição de Prevost quebra a tradição histórica da Igreja de evitar papas norte-americanos, devido ao peso geopolítico dos Estados Unidos. Ainda assim, seu perfil conciliador, espiritual e atento às questões sociais — como imigração, justiça e abusos na Igreja — foi determinante para sua escolha no conclave.
Ligado à ordem dos Agostinianos, o novo papa traz uma dimensão missionária e contemplativa ao pontificado. Sua escolha é interpretada como um sinal de continuidade e renovação, especialmente diante dos debates internos e externos que desafiam a Igreja no século XXI.
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