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Pós-operatório infantil: veja como a postura influencia na recuperação após cirurgias

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar a postur - Reprodução/Freepik
A reabilitação de crianças com câncer exige cuidados posturais específicos para garantir uma recuperação eficaz e melhorar a qualidade de vida  |   BNews Natal - Divulgação O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar a postur - Reprodução/Freepik

Publicado em 13/06/2025, às 13h00   Redação



A reabilitação de crianças em tratamento contra o câncer exige atenção a diversos aspectos — entre eles, a postura no período pós-operatório. Cirurgias extensas, como amputações de membros inferiores, exigem cuidados específicos que vão além da recuperação da ferida cirúrgica. A orientação adequada, especialmente da fisioterapia, pode ser decisiva para a qualidade de vida dos pacientes.

Segundo a fisioterapeuta Cinthia Moreno, da Casa Durval Paiva, é essencial que crianças e familiares recebam orientações personalizadas ainda no pré-operatório. “Explicar o que evitar, o que fazer e como se posicionar corretamente é fundamental. A linguagem precisa ser acessível à criança e aos pais para garantir que as orientações sejam aplicadas no dia a dia”, afirma.

Postura errada pode gerar complicações

Após a cirurgia, é comum que a dor leve o paciente a buscar posições aparentemente mais confortáveis, mas que, com o tempo, podem causar encurtamentos musculares e outras disfunções. “A permanência prolongada na mesma posição — seja deitado ou sentado — pode ser prejudicial. Por isso, uma das recomendações é realizar atividades fora da cama, como sentar-se à mesa nas refeições”, destaca Cinthia.

Para os pacientes com imobilização prolongada, é importante movimentar as articulações que não foram afetadas pela cirurgia. Movimentos simples ajudam a manter a circulação ativa e evitam complicações musculoesqueléticas.

Uso excessivo de telas é um vilão silencioso

Outro fator de risco para a postura é o uso prolongado de dispositivos eletrônicos. Celulares e tablets, embora sejam recursos de distração e até aprendizagem, podem levar a alterações posturais, como a hipercifose (curvatura acentuada da coluna torácica), além de comprometer habilidades motoras e o desenvolvimento infantil como um todo.

“O uso de telas deve ser supervisionado, com tempo limitado. As crianças precisam se movimentar, explorar o ambiente, interagir. Isso faz parte do desenvolvimento saudável”, orienta a fisioterapeuta.


Rotina equilibrada favorece recuperação

Além dos cuidados com a postura, a fisioterapeuta reforça a importância de manter uma rotina de sono adequada, boa alimentação e participação ativa nas sessões de fisioterapia. Aspectos emocionais também devem ser observados, já que influenciam diretamente na postura e na disposição física. Por isso, uma abordagem multidisciplinar — com apoio psicológico, nutricional e fisioterapêutico — é recomendada em muitos casos.

“A recuperação é mais eficiente quando o cuidado vai além do físico. Envolve acolhimento, informação e estímulo constante para que a criança se mantenha ativa e com qualidade de vida durante e após o tratamento”, finaliza Cinthia Moreno.

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