O Rio Grande do Norte registrou, em agosto, a maior movimentação financeira por Pix desde a criação do sistema em 2020.
De acordo com levantamento da Fecomércio RN, em parceria com a Fecomércio Sergipe, o estado alcançou a marca recorde de R$ 14,6 bilhões em transações, consolidando o Pix como ferramenta indispensável para consumidores e empresários potiguares.
Crescimento muito acima da média nacional
O avanço foi expressivo em relação a agosto de 2024, quando o volume havia sido de R$ 6,6 bilhões. A alta de 121% foi a maior do Brasil, superando com folga a média nacional de 39% e a regional de 40%.
O desempenho foi impulsionado por fatores como o aumento do emprego, a retomada da economia, o pagamento antecipado do 13º salário aos servidores estaduais e o programa de refinanciamento de dívidas do governo potiguar.
Entre janeiro e agosto, o total movimentado via Pix já ultrapassou R$ 78 bilhões no estado, crescimento de 60% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado colocou o RN como o quarto estado com maior expansão do país, ficando atrás apenas de Piauí, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
Reflexos positivos nas finanças pessoais
Além do impacto direto na economia, o estudo aponta que o uso do Pix contribuiu para a melhora no comportamento financeiro da população.
Em Natal, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostrou redução de dois pontos percentuais no número de pessoas endividadas e queda de dez pontos no índice de inadimplentes.
Futuro do sistema deve ampliar alcance
A Fecomércio RN acredita que a expansão do Pix deve continuar em ritmo acelerado.
O Banco Central estuda regulamentar o Pix Parcelado, modalidade que permitirá dividir compras sem juros ou com taxas menores, garantindo ao comerciante o recebimento integral à vista e diminuindo custos com antecipação de recebíveis.
Com a popularização crescente e o surgimento de novas funcionalidades, o Pix se consolida não apenas como meio de pagamento, mas como motor da economia digital potiguar.
© Bruno Peres/Agência Brasil
