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Publicado em 14/06/2025, às 08h36 Aryela Souza
Em meio a uma "situação que se deteriorou gravemente" entre Irã e Israel, Papa Leão XIV fez um apelo veemente por "responsabilidade e razão" a ambos os países neste sábado (14). A declaração ocorre no mesmo dia em que uma retaliação iraniana deixou ao menos três cidadãos israelenses mortos e 82 feridos, um dia após um bombardeio de Israel vitimar dezenas de pessoas no Irã.
Falando durante uma audiência pública na Basílica de São Pedro, o pontífice destacou a urgência do diálogo para evitar uma catástrofe maior.
Ninguém jamais deve ameaçar a existência do outro, e é dever de todos os países apoiar a causa da paz, trilhando caminhos de reconciliação e promovendo soluções que garantam segurança e dignidade para todos", declarou.
O Papa também abordou a ameaça nuclear implícita na crise, afirmando que:
O objetivo de construir um mundo mais seguro, livre da ameaça nuclear, deve ser perseguido por meio do encontro respeitoso e do diálogo sincero, para construir uma paz duradoura, baseada na justiça, na fraternidade e no bem comum".
Contexto da Crise Militar
O apelo do Vaticano acontece em um momento de confronto direto. Na manhã deste sábado, o Irã, por meio da "Operação Promessa Verdadeira 3", reagiu fortemente ao ataque israelense da madrugada de sexta-feira. A ofensiva iraniana, segundo relatos, conseguiu superar o sistema de defesa Domo de Ferro. Em paralelo, o bombardeio de Israel ao Irã no dia anterior já havia resultado em 78 mortos, incluindo oficiais militares, e mais de 320 feridos.
Horas antes do ataque iraniano, na madrugada de sábado, o exército de Israel já havia emitido um alerta para sua população buscar abrigos, confirmando a detecção de mísseis a caminho e informando que sua Força Aérea estava "atuando para interceptar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça".
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