Geral
Publicado em 23/07/2025, às 20h39 BNews Natal
O radialista, produtor e apresentador Hilton Abi-Rihan faleceu nesta quarta-feira (23), aos 87 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de um AVC hemorrágico. Natural de Mimoso do Sul, no Espírito Santo, ele iniciou sua carreira como locutor na Rádio Difusora, ainda na década de 1950.
Pouco depois, seguiu para o Rio, onde fez história na Rádio Continental ao integrar a equipe de repórteres conhecida como Comandos Continental. Com coberturas externas e ao vivo, o grupo ajudou a transformar o jeito de fazer rádio na cidade. O famoso lema da emissora, “A Continental está onde a notícia está”, traduzia bem esse novo momento.
Referência em grandes coberturas
Em 1976, passou para a Rádio Nacional, onde chefiou o Jornalismo. Trouxe a experiência das ruas para dentro da emissora, liderando coberturas de grande porte como os desfiles de carnaval e, especialmente, a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1980.
Na TV, também deixou sua marca com participações na Continental, na Bandeirantes e na antiga TV Tupi, onde apresentava as crônicas do jornalista Gilson Amado.
Do rádio à cultura popular
Na Nacional, criou o programa Nacional 80, ao lado de Washington Rodrigues, e liderou a transmissão histórica do julgamento do assassinato da socialite Ângela Diniz, em 1976. O caso, tratado hoje como feminicídio, foi acompanhado ao vivo pelo país, graças ao trabalho coordenado por Abi-Rihan.
Já na década de 1990, apresentou o Show da Madrugada na Rádio Globo. Até recentemente, seguia na ativa com o programa Samba & História, transmitido pela TV e rádio da Legião da Boa Vontade.
Homenagens e despedida
Thiago Regotto, gerente-executivo das Rádios da EBC, relembrou o amigo como alguém cativante e espontâneo. Religioso e admirado pelos colegas, era conhecido como Abi de Deus. “Era natural, um grande amigo e cheio de histórias do rádio”, afirmou.
Hilton Abi-Rihan deixa a esposa, Clemens Abi-Rihan, dois filhos e dois netos.
Leia também
Classificação Indicativa: Livre