Leão XIV: novo papa fala sobre meio ambiente, mulheres na Igreja e acolhimento de fiéis

Primeiro papa nascido nos Estados Unidos e vindo de um país de maioria protestante, Robert Francis Prevost, agora Leão XIV, foi eleito nesta quinta-feira (8) no segundo dia do conclave. Aos 69 anos, ele assume a liderança da Igreja Católica com posições alinhadas à visão pastoral de seu antecessor, Francisco, especialmente no que diz respeito ao meio ambiente, aos pobres e à proximidade com os fiéis.

Apesar do perfil reservado, algumas declarações anteriores de Prevost revelam sua linha de pensamento em temas que despertam debates dentro e fora da Igreja.

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Ordenação de mulheres
Durante um Sínodo realizado em 2023, Prevost foi claro ao rejeitar a ordenação de mulheres. Para ele, a medida não resolveria os desafios enfrentados pela Igreja. “Ordenar mulheres — e algumas mulheres disseram isso de forma bastante interessante — 'clericalizar mulheres' não resolve necessariamente um problema, pode criar um novo problema”, afirmou.

Igreja próxima das pessoas
Em entrevista ao portal oficial do Vaticano no ano passado, o então cardeal reforçou a importância de uma liderança pastoral. “O bispo não deve ser um pequeno príncipe sentado em seu reino. Ele é chamado a ser humilde, a estar próximo das pessoas a quem serve, a caminhar com elas, a sofrer com elas”, declarou.

Meio ambiente
Em sintonia com as encíclicas de Francisco, Leão XIV defendeu uma nova postura diante da crise climática. Para ele, a relação com a natureza não pode ser de dominação. “O domínio sobre a natureza não deve se tornar tirânico. Deve ser uma relação de reciprocidade”, disse, cobrando mais ações concretas diante da emergência ambiental.

Bênção a casais do mesmo sexo
Sobre um dos temas mais sensíveis da atualidade, o papa ainda não se posicionou de forma direta. No entanto, durante um encontro em outubro de 2024, ele sugeriu que a questão das bênçãos a casais homoafetivos deve levar em conta a realidade de cada país. Segundo ele, “as conferências episcopais nacionais deveriam ter autoridade sobre o assunto, respeitando as diferenças culturais”.