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Conitec recomenda que canetas para emagrecimento não sejam incorporadas ao SUS

De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação da Conitec considerou eficácia, segurança e custo-efetividade - Reprodução/Internet
Desde junho deste ano, algumas farmácias passaram a reter receitas médicas para a venda de canetas de emagrecimento, como semaglutida e liraglutida  |   BNews Natal - Divulgação De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação da Conitec considerou eficácia, segurança e custo-efetividade - Reprodução/Internet
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 22/08/2025, às 16h00



A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) fez uma recomendação ao Ministério da Saúde para que não fosse incluída a liraglutida e a semaglutida na lista de medicamentos oferecidos pelo SUS.

As substâncias são os princípios ativos das chamadas canetas para emagrecimento, como o Wegovy, da farmacêutica Novo Nordisk, que solicitou a incorporação.

De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação da Conitec considerou eficácia, segurança e custo-efetividade. A pasta estima que a adoção desses medicamentos teria um impacto anual de aproximadamente R$ 8 bilhões de reais.

Produção nacional em andamento

Mesmo com a recomendação negativa, foi informado pelo governo que a Fiocruz e a EMS realizaram acordos de cooperação para desenvolver versões nacionais da liraglutida e da semaglutida.

Os projetos envolvem transferência de tecnologia para a unidade Farmanguinhos, da Fiocruz, e visam ampliar a produção de medicamentos genéricos no país.

Controle mais rígido da venda

Desde o mês de junho deste ano, algumas farmácias passaram a reter receitas médicas para a venda de canetas de emagrecimento, como semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e lixisenatida.

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A medida foi determinada pela Anvisa em abril, após o aumento de eventos adversos relacionados ao uso fora das indicações médicas.

Uso indiscriminado preocupa entidades médicas

A retenção das receitas recebeu apoio de sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Em comunicado conjunto, as entidades alertaram que a automedicação e a compra sem controle expõem a população a riscos desnecessários e podem prejudicar pacientes que realmente precisam do tratamento.

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