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Publicado em 16/06/2025, às 13h50 Redação
O confronto entre Israel e Irã chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16), com um saldo de ao menos 244 mortos — 224 em território iraniano e 20 em Israel — segundo dados oficiais dos dois países. A ofensiva militar marca a maior escalada nas relações entre as duas nações em décadas, elevando o temor de um conflito regional com envolvimento de potências como Estados Unidos e Rússia.
Os ataques começaram na sexta-feira (13), após Israel acusar o Irã de avançar no desenvolvimento de armas nucleares, o que seria uma ameaça direta à sua existência. Em resposta, a Guarda Revolucionária iraniana alegou que os bombardeios visavam instalações militares israelenses supostamente responsáveis por ações contra o Irã.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, reagiu com uma declaração dura: “Israel não escapará com segurança do grande crime que cometeu”, disse em pronunciamento gravado. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha militar “vai durar o tempo que for necessário” e convocou a população a se preparar para um período difícil.
Segundo Netanyahu, os planos para o ataque foram definidos em 2024, logo após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah — grupo xiita libanês aliado do Irã. A ofensiva, que deveria ter ocorrido em abril, foi adiada, mas retomada agora com força total. “O Irã nunca esteve tão fraco. Esta operação é vital para garantir nossa sobrevivência”, declarou o premiê.
A escalada coloca o Oriente Médio novamente no centro das tensões globais, com risco de desdobramentos que ultrapassem as fronteiras regionais.
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