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Brasil investe menos de um terço por aluno comparado a países ricos, revela relatório

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O Brasil investe apenas US$ 3.872 por aluno, enquanto a média da OCDE é de US$ 12.438, evidenciando a desigualdade educacional  |   BNews Natal - Divulgação © Antônio Cruz/Agência Brasil
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 09/09/2025, às 13h07



O gasto público por aluno da educação básica no Brasil é inferior a um terço do investimento médio feito por países ricos membros da OCDE, segundo o relatório Education at a Glance 2025, divulgado nesta terça-feira (9). Enquanto na média os países da OCDE aplicam US$ 12.438 por aluno, o Brasil investe apenas US$ 3.872, equivalente a 31% do valor.

Apesar de o gasto total em relação ao PIB (4,9%) ser semelhante ao dos países ricos (4,7%), a diferença por aluno se explica pelo número significativamente maior de matrículas no Brasil. Entre os países avaliados, apenas Turquia, África do Sul e México têm investimento menor por estudante.

Países latino-americanos como Argentina, Colômbia, Chile e Costa Rica aplicam mais recursos por aluno. Já na ponta superior, estão Luxemburgo, Coreia do Sul e Suíça, com gastos que ultrapassam US$ 21 mil por estudante.


Ensino superior no Brasil

O relatório também chama atenção para a semelhança de investimento entre ensino básico e superior no Brasil, com gasto de US$ 3.765 por aluno universitário, ligeiramente inferior à educação básica. Nos países ricos, o ensino superior costuma receber 21% a mais de investimento que a etapa básica, média de US$ 15.102 por aluno.

O documento ressalta que o investimento público em educação busca igualdade de oportunidades, crescimento econômico e prosperidade, e que fontes privadas frequentemente complementam os recursos, especialmente no ensino superior.


Contexto do estudo

O Education at a Glance 2025 analisa 38 países da OCDE, além de outras nações como Brasil, Argentina, China, Índia e África do Sul, considerando indicadores como gasto por aluno, ensino superior e relação com o mercado de trabalho.

O levantamento evidencia o desafio brasileiro em oferecer investimento equivalente por estudante, mesmo mantendo proporção de gastos sobre o PIB semelhante à média internacional.

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