Geral

83% dos alunos brasileiros relatam mais atenção após restrição do uso de celulares nas escolas

O impacto é mais forte nos primeiros anos do Ensino Fundamental I (88%), enquanto no Ensino Médio o índice chega a 70% - Tânia Rêgo/Agência Brasil
De acordo com o que foi apurado pelo levantamento, 83% dos alunos relataram que estão mais atentos às aulas após a medida  |   BNews Natal - Divulgação O impacto é mais forte nos primeiros anos do Ensino Fundamental I (88%), enquanto no Ensino Médio o índice chega a 70% - Tânia Rêgo/Agência Brasil
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 24/09/2025, às 16h16



De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação, juntamente com a iniciativa Equidade.info, do Lemann Center da Stanford Graduate School of Education, a restrição do uso de celulares em sala de aula tem gerado avanços significativos em relação à atenção dos estudantes.

Segundo com o que foi apurado pelo levantamento, 83% dos alunos relataram que estão mais atentos às aulas após a medida. O impacto é mais forte nos primeiros anos do Ensino Fundamental I (88%), enquanto no Ensino Médio o índice chega a 70%.

Menos bullying virtual, mas mais tédio e ansiedade

Ainda de acordo com o estudo, a limitação reduziu o bullying virtual, segundo informação de 77% dos gestores escolares e 65% dos professores. Entre os alunos, no entanto, apenas 41% confirmaram essa percepção, sugerindo que parte dos conflitos não é relatada ou reconhecida.

Por outro lado, a ausência do celular trouxe novos desafios. 44% dos alunos falaram que sentem mais tédio nos intervalos, principalmente no Fundamental I (47%) e entre os estudantes do turno matutino (46%). Além disso, 49% dos professores notaram aumento da ansiedade entre os alunos.

Diferenças regionais

O Nordeste se destacou com o maior índice de percepção de melhora (87%), enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram os menores avanços (82%).

Leia também

Para os pesquisadores, isso indica que a eficácia da medida depende de fatores regionais e do tipo de rede de ensino.

Especialistas defendem estratégias complementares

O presidente da Frente Parlamentar, deputado Rafael Brito, destacou que a medida cria um ambiente “mais saudável e voltado para o aprendizado”.

Já Claudia Costin, presidente do Equidade.info, falou que, embora os resultados sejam positivos, “a restrição não é suficiente sozinha” e que as escolas precisam oferecer alternativas de interação e estratégias adequadas a cada faixa etária.

Contexto da lei

A proibição do uso de celulares em escolas foi aprovada em janeiro deste ano pelo Congresso. 

O estudo ouviu 2.840 estudantes, 348 professores e 201 gestores de instituições públicas e privadas de todo o Brasil, entre os meses de maio e julho deste ano.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp


Whatsapp floating

Receba as notificações pelo Whatsapp

Quero me cadastrar Close whatsapp floating