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Publicado em 09/06/2025, às 16h50 Redação
A CBF instituiu um grupo de trabalho para criar um modelo de Fair Play financeiro para os clubes brasileiros. A informação foi publicada nesta segunda-feira (09) pelo jornalista Rodrigo Mattos, colunista do Uol. O objetivo elaborar em até 90 dias, a partir da composição do grupo, uma regra para ser aplicada gradualmente aos times brasileiros.
A portaria foi assinada nesta segunda-feira pelo presidente da CBF, Samir Xaud.
O sistema de Fair Play financeiro, utilizado largamente na Europa, estabelece regras para os clubes em geral com limites de gastos de acordo com a receita, necessidade de quitação de dívidas atrasadas, entre outros pontos.
Pelo texto do documento, a confederação entende ser necessário criar regras para garantir a sustentabilidade financeira dos clubes. A CBF fala inclusive sobre "riscos" relacionados às contas dos times.
Outros motivos elencados para criar a nova regulação são a busca por transferência, equilíbrio econômico-financeiro e responsabilidade fiscal dos clubes. Além disso, a necessidade de contemplar a nova realidade com SAFs.
A CBF já deu o nome ao novo modelo de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF). Esse conjunto de regras será traçado por um grupo com membros da CBF, de clubes das Séries A e B, federações e consultores.
O presidente do grupo é Ricardo Paul, vice-presidente da CBF, na nova gestão.
Os clubes terão cinco dias para manifestar seu interesse de participar do grupo. Se houver um número muito grande, o próprio presidente do grupo vai determinar quem serão os participantes do GT.
Estabelecida a composição do grupo, haverá 90 dias para formalizar a proposta do novo regulamento para a presidência da CBF. A intenção é que, como será um modelo de debatido, seja aprovado.
O novo sistema terá o objetivo de avaliar e monitorar as contas de clubes e aplicar sanções. A CBF, no entanto, deixa claro na portaria que a aplicações do regulamento será gradual. Ou seja, respeitará condições específicas de clubes e regiões.
Não é a primeira vez que a CBF tenta implantar um sistema de Fair Play. Na gestão de Rogério Caboclo, foi instituído um sistema de licenciamento de clubes que já monitorava contas de clubes iria evoluir para regras de Fair. Foi inclusive feita uma proposta já pronta de modelo de Fair Play.
Houve resistência de determinados clubes com problemas em suas contas, na época Corinthians e Atlético-MG, e o projeto não foi à frente. Acabou engavetado.
A nova gestão da CBF, no entanto, identifica uma necessidade de criar um sistema pelos problemas das contas dos clubes. Só no ano passado houve um aumento de 22% nas dívidas dos principais clubes, que ultrapassaram R$ 14 bilhões, segundo levantamento da Consultoria Convocados.
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