Peste Negra é confirmada em homem; saiba como pode ser contraída a doença fatal que já chegou a matar metade da Europa no século XIV

Um caso raro de peste foi confirmado nos Estados Unidos. De acordo com autoridades do condado de El Dorado, na Califórnia, um homem testou positivo para a doença depois de ser picado por uma pulga enquanto acampava. O paciente, cuja identidade não foi divulgada, está em recuperação domiciliar sob acompanhamento médico.

O último registro da infecção causada pela bactéria Yersinia pestis na região havia ocorrido em 2020. Nos EUA, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), são relatados em média sete casos por ano, principalmente em áreas rurais do oeste do país.

As autoridades reforçam que a bactéria está presente em diversas áreas da Califórnia. Por isso, orientam cuidados extras em trilhas, acampamentos e locais com presença de roedores selvagens.

O CDC recomenda eliminar ambientes que favoreçam a presença desses animais, como pilhas de pedras, lixo e arbustos próximos às residências. Além disso, o uso de repelente e de produtos contra pulgas em animais de estimação ajuda a reduzir riscos.

A peste pode se manifestar em três formas:

• Bubônica: mais comum, provoca inchaço doloroso dos gânglios linfáticos (bubões).

• Pneumônica: transmitida por gotículas respiratórias, causa dor no peito e dificuldade para respirar.

• Septicêmica: considerada a mais grave, ocorre quando a bactéria se espalha pela corrente sanguínea, podendo gerar infecção generalizada.

Os sintomas surgem geralmente até duas semanas após a exposição e incluem febre, calafrios, fraqueza e ínguas. O tratamento é feito com antibióticos, que aumentam significativamente as chances de cura.

Conhecida como Peste Negra, a doença já devastou a Europa no século XIV, após se espalhar pela Rota da Seda e chegar à região do Mediterrâneo em navios mercantes. Estima-se que entre 30% e 60% da população europeia tenha morrido.

Trajes dos médicos chamava atenção
Não se sabe ao certo a razão pela qual os médicos do século 17 utilizavam esse tipo de vestimento com máscara que se assemelha a um longo bico de pássaro; o fato é que eles usavam vestes, de maneira sinistra, que os protegiam da cabeça aos pés.  

Acredita-se que o traje tenha sido usado primeiramente pelo médico Charles de Lorme, que manteve contato com muitos membros da realeza que estavam infectados, inclusive o rei Luís XIII. A roupa que ele usava era caracterizada por um casaco, calças presas a uma bota e luvas de couro. Os especialistas também portavam uma vara que lhes permitia a possibilidade de afastar as vítimas.