Cidades

[VÍDEO] Filhotes de tartarugas marinhas são salvos por moradores em praia da Grande Natal

Filhotes resgatados - Reprodução/Internet
Dados do Projeto Tamar mostram que o Rio Grande do Norte é crucial para a reprodução de tartarugas marinhas no Brasil  |   BNews Natal - Divulgação Filhotes resgatados - Reprodução/Internet

Publicado em 20/05/2025, às 14h46   Redação



Na noite desta segunda-feira (19), moradores da praia da Redinha, na zona Norte de Natal, protagonizaram uma mobilização que evitou uma tragédia ambiental. Dezenas de filhotes de tartarugas marinhas, ao nascerem próximos ao quebra-mar, desorientaram-se com as luzes urbanas e seguiram em direção à pista, em vez do oceano.

A ação rápida da comunidade garantiu o resgate e a devolução segura dos animais ao mar. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o cuidado dos moradores ao recolher os filhotes e redirecioná-los, garantindo a sobrevivência das tartarugas.

O caso evidencia os riscos que a urbanização desordenada representa para a fauna marinha, especialmente durante o período reprodutivo. Entre outubro e maio, praias do Rio Grande do Norte recebem, em média, 650 ninhos de tartarugas marinhas, resultando no nascimento de mais de 57 mil filhotes por temporada, segundo dados do Projeto Tamar.

A entidade, que atua em parceria com o ICMBIO, considera o estado como o segundo mais importante do Brasil em número de desovas, atrás apenas da Bahia. A presença de iluminação artificial próxima às áreas de desova, no entanto, compromete a orientação natural dos filhotes, que buscam instintivamente o brilho do horizonte sobre o mar.

Situações como a registrada na Redinha reforçam a importância da sensibilização da população local e de políticas públicas para reduzir os impactos da urbanização sobre a vida marinha.

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Tartarugas marinhas:

As tartarugas marinhas nascem após um período de incubação que varia de 45 a 70 dias, dependendo da espécie e da temperatura da areia. Cada ninhada pode conter entre 50 a mais de 100 ovos, e os filhotes emergem geralmente à noite, quando a areia está mais fresca. Um dado curioso é que a temperatura da areia onde os ovos se desenvolvem influencia o sexo dos filhotes: temperaturas mais quentes tendem a produzir fêmeas, enquanto as mais frias resultam em machos. Após a eclosão, os filhotes seguem instintivamente em direção ao mar, guiados pelo brilho natural do horizonte.

Contudo, as chances de sobrevivência dos filhotes são extremamente baixas. Estima-se que apenas 1 em cada 1.000 a 5.000 tartaruguinhas consiga atingir a idade adulta, devido à alta vulnerabilidade a predadores naturais, à poluição marinha e às atividades humanas, como a iluminação artificial nas praias, que pode desorientar os filhotes. Por isso, programas de conservação em todo o mundo acompanham e protegem ninhos, reduzem interferências humanas e promovem a educação ambiental como forma de aumentar as taxas de sobrevivência e garantir o futuro dessas espécies ameaçadas.

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