Cidades

Após acordo com Secretaria Municipal de Saúde, Liga retoma cirurgias eletivas de alta complexidade

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Após reunião com a Secretaria de Saúde, cirurgias eletivas voltam a ser realizadas na Liga Contra o Câncer em Natal  |   BNews Natal - Divulgação Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 08/09/2025, às 14h48



A Liga Contra o Câncer informa que as cirurgias eletivas de alta complexidade serão retomadas normalmente a partir desta terça-feira, 9 de setembro.

A decisão foi possível após reunião realizada nesta segunda-feira (8) com a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) e demais hospitais da rede de alta complexidade, em que se firmou um formato emergencial de pagamento dos serviços médicos diretamente às unidades hospitalares pelo prazo inicial de 90 dias.

Esse período servirá como transição até a definição de um novo modelo contratual. Durante o encontro, a SMS assumiu o compromisso de convocar os hospitais para participar da construção do novo arranjo jurídico e operacional, com a participação também do Ministério Público Estadual.

Com o acordo, a Liga retoma imediatamente suas agendas cirúrgicas, garantindo a normalização dos procedimentos a partir de amanhã.

Entenda por que as cirurgias foram suspensas

A suspensão das cirurgias eletivas de alta complexidade pela Liga Contra o Câncer ocorreu devido à falta de adesão dos médicos cirurgiões à nova empresa contratada pela Prefeitura de Natal para gerir esses procedimentos.

Os profissionais são liberais, sem vínculo empregatício com a instituição, e dependem diretamente de contratos firmados com a Secretaria Municipal de Saúde. Diante da ausência desse acordo, as cirurgias foram interrompidas, ainda que a estrutura hospitalar e o suporte multidisciplinar continuassem disponíveis.

Segundo o coordenador médico da Liga, Arthur Villarim, a paralisação não estava relacionada ao trabalho da instituição, mas à ausência de contrato que garantisse a atuação dos cerca de 60 cirurgiões especializados. Apenas os procedimentos de urgência seguiram sendo realizados.

Além da questão contratual, a Liga apontou que a análise técnica do edital mostrou inconsistências nos valores previstos para o custeio dos procedimentos.

O orçamento estipulado, segundo a instituição, cobriria apenas metade das cirurgias realizadas em 2024, o que resultaria em um déficit estimado em R$ 25 milhões. A situação acendeu o alerta para o risco de desassistência aos pacientes oncológicos, mesmo que um acordo emergencial fosse firmado com os médicos.

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