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Publicado em 20/06/2025, às 08h44 Redação
Estudantes do Campus Ceará-Mirim do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) desenvolveram um jogo para ser utilizado na reabilitação respiratória de crianças. O trabalho conquistou o primeiro lugar como Melhor Trabalho Científico no Congresso da Liga Contra o Câncer.
A ideia surgiu no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) realizado por Vivian Santos e Yngrid Silva, e está sendo continuado pelas estudantes Fernanda Medeiros e Yasmin Souza.
O desenvolvimento teve início com estudantes do curso de Equipamentos Biomédicos e, posteriormente, passou a ser conduzido por estudantes do curso de Jogos Digitais. Graças a essa interdisciplinaridade o ambiente acadêmico permite que os estudantes apliquem o que aprendem em sala de aula, com o objetivo de criar soluções reais e inovadoras.
Um dos orientadores, Severino Netto, explicou sobre a importância de tornar processos de reabilitação mais leves e divertidos: “há diversas pesquisas que mostram que, especialmente no público pediátrico, abordagens com jogos têm impacto positivo no processo de recuperação”.
Além do impacto acadêmico, a experiência foi transformadora para as estudantes. Vivian compartilhou o que sentiu durante o processo: “sinto que posso fazer a diferença na vida de alguém, quando o projeto for concluído e receber as melhorias necessárias com o decorrer do tempo”.
Da mesma forma, Fernanda, uma das atuais desenvolvedoras do trabalho, disse que o projeto permite uma visão mais ampla e prática da área: “essa vivência será um diferencial na minha trajetória acadêmica e profissional” contou.
O prêmio
Entre os dias 5 e 7 de junho, aconteceu o Congresso da Liga Contra o Câncer. O evento teve como tema Acesso, Gestão, Educação e Precisão em Saúde, reunindo especialistas, pesquisadores e profissionais para discutir as inovações que transformam o setor.
O reconhecimento de ganhar o primeiro lugar na categoria de Melhor Trabalho Científico foi muito significativo, pois mesmo concorrendo com projetos de mestrado e doutorado, o projeto das alunas do ensino médio se destacou. “Isso mostra que é possível fazer ciência de qualidade desde o ensino médio, com jovens comprometidos e criativos. Levamos cerca de 30 estudantes ao evento e muitos palestrantes elogiaram a presença de jovens, reforçando que esse é o início de trajetórias promissoras,” afirmou Netto.
Classificação Indicativa: Livre