Política
Publicado em 08/09/2025, às 13h40 Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Reprodução/Internet José Nilton Jr.
Os ministros que integram a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) estão no aguardo do posicionamento do relator Alexandre de Moraes para que possam avançar na votação em relação à acusação contra o núcleo 1 da conspiração golpista.
A manifestação do ministro Alexandre de Moraes deve acontecer na manhã desta terça-feira (9), durante a retomada da sessão no STF.
De acordo com a tradição da Corte, Moraes será o primeiro a se pronunciar sobre o caso. Mesmo com os demais magistrados chegando ao plenário com rascunhos de seus votos, a fala de Moraes é considerada parte essencial da “liturgia” do julgamento, por se tratar do relator.
A expectativa é que o voto de Moraes dure aproximadamente três horas, sendo o mais longo da turma. O ministro já havia levado quase duas horas para receber a denúncia em março e, na semana passada, gastou uma hora e 40 minutos apenas com a leitura do relatório que resumiu o caso.
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O voto de Alexandre de Moraes deverá abordar as questões preliminares levantadas pelas defesas dos oito réus da trama golpista, trazendo uma análise conjunta sobre todos os acusados.
Dependendo de sua posição, Moraes poderá abrir margem para divergências ou adesões dos demais ministros da Primeira Turma do STF.
A sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Ele dará instruções sobre o andamento dos trabalhos, como já havia feito na abertura do julgamento.
Após Moraes, votarão os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Zanin. Diferentemente do relator, os demais ministros devem adotar manifestações mais curtas, em alguns casos sem realizar uma leitura integral de seus votos.
Encerrada a etapa de julgamento de mérito, será marcada nova sessão para a definição da dosimetria das penas. Nesse momento, as defesas poderão levantar questões de ordem, caso considerem necessário.