Política
Publicado em 29/09/2025, às 14h10 Foto: Maria Trigueiro/98 FM Natal Giovana Gurgel
O senador Rogério Marinho (PL) reafirmou sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, mas deixou aberta a possibilidade de uma aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União).
A declaração foi dada em entrevista à rádio 98 FM, quando o parlamentar destacou que, enquanto não houver o lançamento oficial de uma candidatura por parte de Allyson, o diálogo segue possível.
Segundo Marinho, a prioridade do campo conservador deve ser a construção de um projeto para o Estado, deixando a definição de nomes em segundo plano.
Ele reforçou que a centro-direita precisa se unir em torno de propostas concretas para enfrentar o grupo governista liderado pela governadora Fátima Bezerra (PT).
“Não existe candidatura lá. O que existe é intenção. Então, enquanto essa intenção não for materializada, imagino que haja possibilidade de conversa, de convergência, de conciliação”, declarou o senador.
Presidente estadual do PL e principal nome da oposição no RN, Marinho rejeitou a ideia de divisão no campo conservador. “Às vezes as pessoas me perguntam: a direita está desunida? Não. A direita tem um candidato, a direita tem um pré-candidato, que é Rogério Marinho”, afirmou.
Ele acrescentou que o momento atual é de articulações com partidos como União Brasil, Republicanos e PP, buscando ampliar alianças e consolidar uma frente de centro-direita.
“Estamos abertos ao diálogo com todos que queiram discutir o futuro do Estado. O importante é que o projeto seja bom para o Rio Grande do Norte e que traga esperança para o nosso povo”, disse.
Entre as propostas defendidas por Marinho estão desenvolvimento econômico, sustentabilidade, segurança pública e fortalecimento das políticas voltadas ao cidadão comum.
Durante a entrevista, o senador destacou que já tem um plano consolidado para apresentar ao eleitorado. Segundo ele, o PL percorreu os 167 municípios potiguares e promoveu dezenas de seminários para ouvir a população e elaborar soluções.
“Nós temos um projeto pronto, que está sendo refinado para apresentarmos ao Estado. Identificamos os problemas e de que forma vamos vencê-los”, afirmou.
Marinho lembrou ainda que a decisão de disputar o governo não nasceu de “vaidade pessoal”, mas da percepção de que o RN precisa de um novo rumo. Ele garantiu que sua pré-candidatura foi construída com base na escuta popular e no diagnóstico da crise estadual.
O senador também destacou o crescimento do seu nome nas pesquisas. “No início do ano tínhamos oito ou nove pontos. Hoje, pelo menos 30%, o que é extraordinário para o começo da disputa”, avaliou.
Em levantamento da Exatus publicado nesta semana, aparece com até 27,4% das intenções de voto, atrás de Allyson Bezerra, que lidera com cerca de 39%.
O parlamentar também comentou o cenário nacional e afirmou que a sucessão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026 só será discutida após a votação do projeto de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro.
“Esse momento é de resolvermos a questão da anistia, porque quem está preso tem pressa. Quem está sendo injustiçado quer que sua sede de justiça seja saciada”, disse Marinho.
Ele reforçou que segue a orientação de Bolsonaro.
“Se ele disser que é candidato, eu estou com ele. Se disser que o candidato é outro, eu vou apoiar. O que ele decidir, eu sigo”, declarou.
O senador relatou ainda que esteve reunido por mais de quatro horas com o ex-presidente em Brasília, discutindo o panorama político nacional.