Política

Proibição de Bolsonaro nas redes divide o país e acirra embate entre STF e apoiadores; entenda

A proibição de Jair Bolsonaro de usar redes sociais acirra tensões políticas e gera reações entre seus apoiadores  |  Reprodução/Internet

Publicado em 01/08/2025, às 14h12   Reprodução/Internet   Giovana Gurgel

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de proibir Jair Bolsonaro de usar redes sociais não passou despercebida pela população.

Segundo pesquisa do PoderData realizada entre 26 e 28 de julho, 40% dos brasileiros consideram a medida equivocada, enquanto 36% apoiam a decisão. Com uma margem de erro de 2 pontos percentuais, os números configuram empate técnico. Outros 25% preferiram não opinar ou disseram não saber.

A ação faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 e tem ampliado as tensões entre o Judiciário e apoiadores do ex-presidente. A proibição retirou Bolsonaro do cenário digital e acirrou os ânimos no ambiente político.

A ordem foi emitida em 18 de julho e incluiu mais do que o veto às redes sociais. Bolsonaro também foi impedido de manter contato com embaixadores, diplomatas e outros réus investigados pelo STF. A decisão determinou ainda o uso de tornozeleira eletrônica.

Reprodução PoderData

Bolsonaro fora do debate público e sob vigilância
Com as restrições impostas, o ex-presidente praticamente desapareceu das mídias e dos eventos públicos. Ele tem evitado entrevistas, pronunciamentos e aparições em atos. Pela determinação de Moraes, nem mesmo terceiros podem divulgar vídeos, áudios ou falas de Bolsonaro nas redes, o que o impede de participar do debate público mesmo de forma indireta.

No dia 21 de julho, Alexandre de Moraes reforçou os termos da medida e alertou que qualquer tentativa de burlar as proibições poderá levar à prisão preventiva imediata. O tom mais duro aumentou ainda mais o desconforto entre os aliados de Bolsonaro.

A base bolsonarista acusa Moraes de promover censura e de extrapolar os limites constitucionais. A reação foi intensa nas redes sociais, onde apoiadores do ex-presidente criticaram a atuação do Supremo Tribunal Federal.

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