Política

Moraes dá 15 dias para defesa de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo responder à acusação da PGR

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ambos teriam atuado para influenciar o aumento de tarifas norte-americanas contra o Brasil  |  Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro - Reprodução/redes sociais

Publicado em 23/09/2025, às 15h07   Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro - Reprodução/redes sociais   José Nilton Jr.

Foi determinado nesta terça-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as defesas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do blogueiro Paulo Figueiredo se manifestem em até 15 dias.

Os dois foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de coação no curso do processo.

Acusação da PGR

De acordo com informações presentes na denúncia assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, os dois, que atualmente vivem nos Estados Unidos, teriam atuado diretamente para influenciar o aumento de tarifas norte-americanas contra o Brasil.

Além disso, ambos teriam influenciado, também, na aplicação de sanções a autoridades do governo federal e do STF. Segundo a acusação, a dupla tinha como objetivo pressionar a Corte para que esta não punisse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. 

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Após o prazo para manifestação, Alexandre de Moraes deve encaminhar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, que decidirá se os denunciados se tornarão réus.

Reação dos acusados

Em comunicado conjunto, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo rejeitaram a denúncia e acusaram a PGR de agir sob influência de Moraes.

“Esqueçam acordos escusos ou ameaças que foram utilizados durante anos, pois não terão efeito conosco. Isso se aplica a mais esta acusação infundada dos subordinados do Alexandre na PGR”, disseram.

Eles também defenderam uma “anistia ampla, geral e irrestrita” como saída para a crise política.

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