Brasil e China firmam acordo para nova ferrovia ligando Atlântico ao Pacífico

Foi assinado pelo governo brasileiro, nesta segunda-feira (7), um memorando de entendimento com a China para que sejam iniciados estudos sobre a criação de um novo corredor ferroviário bioceânico. Caso seja viabilizado, o corredor irá conectar o Brasil ao Oceano Pacífico por meio do Porto de Chancay, que fica no Peru. 

O principal objetivo do projeto é o de fortalecer a posição do Brasil no comércio internacional, fazendo com que a exportação de produtos para o mercado asiático fique mais fácil. 

O acordo foi firmado entre o Ministério dos Transportes, por meio da Infra S.A., e a China Railway Economic and Planning Research Institute Co., Ltd., braço estratégico da China State Railway Group, que é a estatal responsável pelo sistema ferroviário chinês.

O que diz a proposta

Está previsto na proposta ganhos logísticos, econômicos e ambientais ao integrar a produção agrícola e mineral brasileira aos modais rodoviário e hidroviário.

Desde abril deste ano, equipes técnicas do Brasil e da China analisam o sistema de transporte brasileiro, incluindo visitas a obras como a Fiol 1 (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste). Elas devem fazer parte da espinha dorsal do novo corredor.

Mais sobre os eixos ferroviários

O eixo ferroviário Fico-Fiol será a base principal dessa rota. O leilão do trecho está previsto para o primeiro semestre do próximo ano. Já o mapeamento das rotas logísticas sul-americanas está sendo conduzido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, antecipou em maio deste ano o interesse por parte da China na expansão ferroviária do Brasil. De acordo com Tebet, o presidente chinês, Xi Jinping, manifestou diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a disposição de investir em ferrovias que cruzem o Brasil de leste a oeste.

“Eles querem rasgar o Brasil com ferrovias”, afirmou Tebet na época, ao destacar que não há recursos públicos suficientes para executar projetos dessa magnitude sem a participação privada. 

O corredor bioceânico será integrado às chamadas Rotas de Integração Sul-Americana, que conectam o Brasil aos portos do Oceano Pacífico.

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