Polícia
Publicado em 04/08/2025, às 07h19 O caso que chocou o Brasil: Juliana relembra os 60 socos que quase tiraram sua vida em um elevador em Natal. - Divulgação Dani Oliveira
A estudante Juliana, de 35 anos, vítima de uma violenta tentativa de feminicídio que chocou o Rio Grande do Norte e o país, falou pela primeira vez em rede nacional sobre o ataque que quase tirou sua vida. A entrevista exclusiva foi exibida neste domingo (3), no programa Domingo Espetacular, conduzida pelo jornalista Roberto Cabrini.
Juliana foi brutalmente espancada dentro de um elevador em Natal pelo então namorado, Igor Cabral, que ficou conhecido nas redes como o “Agressor do Elevador”. As imagens do crime, que circularam amplamente na internet, causaram revolta e comoção em todo o Brasil.
Durante a entrevista, visivelmente abalada, Juliana relatou os momentos de terror vividos no dia do ataque. Segundo ela, foram mais de 60 socos desferidos por Igor, deixando-a entre a vida e a morte. “Eu achei que não ia sair viva dali”, contou, emocionada.
Igor Cabral foi preso em flagrante e responde por tentativa de feminicídio. Em depoimento às autoridades, ele afirmou ter consumido álcool e cocaína antes do crime.
A entrevista também revelou imagens inéditas e detalhes até então desconhecidos sobre o caso. Juliana, que hoje busca justiça, mostrou coragem ao reviver os traumas de uma noite marcada pela violência.
Onde está o agressor neste momento:
O ex-jogador de basquete Igor Cabral foi transferido no última sexta-feira (1°) para para a Cadeia Pública Dinorá Simas (CPDS), localizada no município de Ceará Mirim. A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP).
Em 29 de agosto, a defesa de Igor havia pedido à Justiça que ele ficasse em uma cela de isolamento na cadeia, para “preservar sua vida e integridade física”. O pedido foi aceito pela SEAP e, agora, o acusado de tentativa de feminicídio está em umaala de segurança na unidade onde está custodiado.
Nesse primeiro momento, Igor irá dividir cela com outros detentos presos por crimes semelhantes ao do ex-atleta, que responde por tentativa de feminicídio, por pelo menos 30 dias. Essa período chamado de adaptação é o intervalo de tempo em que o custodiado conhece o funcionamento da unidade e os agentes também o avaliam.
Após a triagem, ele é encaminhado para uma cela separada, mas isso não significa que ficará sozinho — apenas que estará longe de presos de alta periculosidade, como chefes de facção, por exemplo.
Na petição, a defesa Igor Cabral alegava ameaças de uma facção criminosa, feitas após a repercussão nacional do caso.
O que alegou a defesa do agressor:
Igor Cabral foi flagrado pela câmera de um elevador disparando mais de 60 socos a sua então namorada Juliana Soares, e alegou que no momento da agressão estava tendo um "surto claustrofóbico".
A equipe de reportagem do BNews Natal conversou com Dayanna Barreto, médica psiquiatra, que esclareceu incompatibilidades entre a alegação feita pela defesa do ex-atleta e o vídeo da agressão.
Reveja o vídeo do momento da agressão: