Polícia

Justiça é acionada para bloquear R$ 20 milhões em bens do influenciador Hytalo Santos

As investigações apontam que os conteúdos exploravam situações inadequadas para menores, gerando engajamento e monetização para o influenciador  |  Influenciador digital Hytalo Santos - Reprodução/Instagram

Publicado em 21/08/2025, às 16h38   Influenciador digital Hytalo Santos - Reprodução/Instagram   José Nilton Jr.

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) entrou com pedido na Justiça para que os bens do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, sejam bloqueados. O casal está preso desde a última sexta-feira (15) após serem localizados em uma residência em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.

A solicitação de bloqueio abrange cinco automóveis de luxo, empresas ligadas ao casal e outros bens. Juntos, os bens somam R$ 20 milhões de reais.

Segundo informações do MPT-PB, Hytalo responde a acusações graves que incluem exploração sexual, tráfico de pessoas com finalidade de exploração infantil e uso de trabalho infantil em suas plataformas digitais.

Reparação e apoio às vítimas

De acordo com uma nota divulgada pelo MPT-PB, o montante pedido visa garantir indenização por danos morais coletivos, além de medidas de reparação e suporte às vítimas identificadas.

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O órgão alegou que Hytalo Santos é responsável pela divulgação da empresa Fartura de Prêmios, vinculada à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep). Também existem indícios de que a audiência obtida por meio da exploração de crianças e adolescentes em suas redes sociais foi utilizada para alavancar a venda de rifas e sorteios.

As investigações apontam que os conteúdos exploravam situações inadequadas para menores, gerando engajamento e monetização para os canais do influenciador.

Como o caso veio à tona

A prisão do casal foi determinada pela Justiça da Paraíba após denúncia feita pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca.

Ele apontou a existência de perfis nas redes sociais administrados por Hytalo, que utilizavam crianças e adolescentes em condições irregulares para atrair visualizações e aumentar os lucros das plataformas.

O caso segue em investigação e pode gerar novas medidas judiciais à medida que forem confirmadas as responsabilidades do casal.

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