Cidades
Um vídeo que rapidamente se tornou viral, abordando o fenômeno da “adultização” e denunciando a suposta exploração de menores na produção de conteúdo digital foi publicado, na última quarta-feira (6), pelo youtuber e humorista Felca, que soma mais de 4 milhões de inscritos na plataforma.
O principal alvo das acusações é o influenciador Hytalo Santos, que teve sua conta no Instagram desativada na sexta-feira (8), poucos dias após a nova polêmica ganhar força.
Desde 2024, Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de utilizar crianças e adolescentes em conteúdos que podem violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No total, ele acumula mais de 20 milhões de seguidores nas redes.
No vídeo, Felca cita casos específicos, incluindo o de Kamylla Santos, de 17 anos, que, segundo ele, teria sua imagem explorada de maneira sensual em publicações de Hytalo. O material já ultrapassou 22 milhões de visualizações e recebeu mais de 175 mil comentários, com elogios à postura do youtuber e menções ao fato de não haver anúncios na postagem.
Quem é Hytalo Santos
Hítalo José Santos Silva ganhou notoriedade ao criar vídeos nos quais reúne jovens — muitos menores de idade — em casas ou “mansões”, acompanhando sua rotina. Ele costuma se referir a essas pessoas como “filhas”, “genros” ou “crias”. Só no YouTube, seu canal soma mais de 7 milhões de inscritos.
Em uma de suas últimas postagens, Hytalo encenou um pedido de namoro entre jovens, incluindo uma adolescente que, segundo a narrativa do vídeo, ainda não havia completado 18 anos.
As investigações sobre o caso
O MPPB conduz atualmente dois procedimentos, em João Pessoa e Bayeux, para apurar se os conteúdos produzidos por Hytalo têm conotação sexual e configuram exploração de menores. As apurações foram abertas no ano passado e seguem em andamento.
Ao comentar sobre as acusações na época, Hytalo defendeu que mantém bom relacionamento com as famílias dos jovens presentes em seus vídeos e afirmou que as mães acompanham de perto as gravações. Segundo ele, as adolescentes mais citadas nas denúncias são emancipadas, e todas as participações ocorrem com consentimento familiar.
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