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Professores têm papel crucial na detecção precoce do câncer infantojuvenil; entenda

Sinais de alerta como febre constante e dor persistente podem ser percebidos por professores, contribuindo para diagnósticos precoces  |  Capacitar professores para reconhecer sintomas de câncer pode acelerar diagnósticos - Reprodução Assessoria

Publicado em 05/06/2025, às 13h02   Capacitar professores para reconhecer sintomas de câncer pode acelerar diagnósticos - Reprodução Assessoria   Redação

A presença diária dos professores na vida de crianças e adolescentes faz com que eles desempenhem um papel estratégico na identificação precoce de sinais que podem indicar câncer infantojuvenil. O alerta é de Luiz da Costa Nepomuceno Filho, coordenador do Diagnóstico Precoce da Casa Durval Paiva, que reforça a importância do olhar atento dos educadores no ambiente escolar.

A detecção precoce da doença é considerada essencial para aumentar as chances de cura e reduzir os impactos dos tratamentos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), quando diagnosticado nas fases iniciais, o câncer em crianças e adolescentes pode alcançar índices de cura superiores a 70%.

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Na educação infantil, etapa que compreende a faixa etária de 0 a 5 anos, são mais comuns casos de leucemias, neuroblastomas e tumores do sistema nervoso central. Nesse período, sinais como palidez, febre constante, perda de peso e alterações no comportamento podem ser percebidos por professores e auxiliares que convivem com os alunos todos os dias.

Entre crianças de 6 a 14 anos, no ensino fundamental, crescem os casos de linfomas e sarcomas. Educadores podem notar sintomas como dor óssea persistente, cansaço excessivo e queda no desempenho escolar. No ensino médio, com jovens entre 15 e 18 anos, predominam os tumores ósseos, linfomas e leucemias — que muitas vezes se manifestam por meio de febres intermitentes, sudorese noturna e dores confundidas com lesões esportivas.

A percepção desses sinais é o primeiro passo para o encaminhamento adequado às unidades de saúde. Estudos apontam que a capacitação de professores para reconhecer possíveis sintomas e estabelecer uma comunicação eficiente com as famílias e os serviços de saúde pode contribuir diretamente para diagnósticos mais rápidos e melhores prognósticos.

“A escola é um espaço privilegiado de convivência. Quando há diálogo entre educação e saúde, toda a rede de proteção da criança se fortalece”, afirma Nepomuceno.

A integração entre professores, famílias e equipes médicas é considerada uma estratégia fundamental no combate ao câncer infantojuvenil. Além de ampliar o alcance das ações preventivas, ela contribui para que crianças e adolescentes recebam o tratamento adequado o quanto antes, com mais chances de recuperação e qualidade de vida.

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Tags câncer Casa durval paiva Sistema nervoso central Neuroblastomas