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Publicado em 14/09/2025, às 14h14 A primeira-dama se posiciona contra ataques a Lula - Reprodução Gabi Fernandes
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, contou que diante das inúmeras críticas que tem recebido desde o início do governo Lula, já pensou em desistir da função e voltar para São Paulo. A conversa informal foi para uma jornalista da Folha de S. Paulo no início do mês.
“Eu acho que isso deve ter acontecido com muitas primeiras-damas [no passado]. Muitas. E muitas também se fecharam por conta disso”, disse ela, emocionada, com lágrimas nos olhos.
Apesar das dificuldades, Janja diz que superou a fase mais difícil e segue em Brasília. Ela nega que tenha mudado de postura para se adequar ao papel tradicionalmente esperado de uma primeira-dama. “Não vou entrar na caixinha”, garantiu. “Mas eu não posso sair cantando em um evento, como podia na campanha”, reconheceu.
Sobre a eleição de 2026, Janja disse ainda não saber como será sua atuação na campanha, já que o presidente Lula ainda não decidiu se concorrerá à reeleição.
Ao ser questionada sobre a provável presença de Michelle Bolsonaro — ex-primeira-dama e figura central no campo político da oposição — Janja respondeu de forma direta:
“Eu não vou deixar ninguém atacar ele, seja homem ou seja mulher. Eu espero que ela tenha ética para saber o papel que ela tem.”
Outras polêmicas
Nos últimos meses, a primeira-dama voltou ao centro dos holofotes. A mais recente polêmica ocorreu durante o G20 Social, quando Janja, ao discursar sobre desinformação nas redes, fez críticas ao bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter).
Em meio ao discurso, disparou em inglês: “Fuck you, Elon Musk”, causando desconforto diplomático. A fala foi alvo de críticas tanto da oposição quanto de setores mais moderados do governo, que viram na atitude um gesto impulsivo em um contexto que exigia diplomacia.
Uma das maiores polêmicas desde o início do governo Lula ocorreu ainda no primeiro ano de mandato, quando ela denunciou o suposto desaparecimento de móveis do Palácio da Alvorada, atribuídos à gestão anterior.
No entanto, dias depois, os móveis foram encontrados em depósitos da própria residência oficial, o que levantou questionamentos sobre a veracidade da denúncia.