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Publicado em 16/06/2025, às 15h00 Estudo destaca a diferença entre idade cronológica e biológica - Reprodução/Freepik Redação
Quando, afinal, nos tornamos velhos? Um estudo da Universidade de Stanford, publicado na revista Nature Medicine, trouxe uma nova resposta a essa pergunta, ao mostrar que o envelhecimento do corpo humano não ocorre de forma linear, mas em três saltos biológicos bem definidos: aos 34, 60 e 78 anos.
A descoberta foi feita após a análise de exames de sangue de mais de 4 mil pessoas entre 18 e 95 anos. Os cientistas identificaram mudanças significativas em 1.379 proteínas do plasma humano, associando essas alterações a processos de envelhecimento celular.
O primeiro marco, aos 34 anos, surpreendeu por indicar que os sinais de envelhecimento começam muito antes dos 50. O segundo pico ocorre por volta dos 60 anos e o terceiro, mais intenso, aos 78, quando o corpo entra de fato na fase que os pesquisadores classificam como velhice.
Segundo Tony Wyss-Coray, professor da Faculdade de Medicina de Stanford, as proteínas funcionam como os “cavalos de batalha” das células, e suas variações refletem mudanças em todo o organismo.
Outro achado importante foi a diferença entre idade cronológica (do calendário) e idade biológica (medida pelos processos celulares). Pessoas com maior força muscular e melhor função cognitiva apresentaram, em média, uma idade biológica mais jovem.
Esses resultados podem mudar a forma como a medicina, os planos de saúde e até as políticas públicas lidam com o envelhecimento. Hoje, no Brasil, o Estatuto do Idoso considera idosa qualquer pessoa a partir dos 60 anos. Mas o estudo de Stanford reforça que o verdadeiro envelhecimento está mais ligado a marcadores biológicos do que à idade no documento.
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